Inegociável legado
Naquilo que faço, sempre coloco um pouco do amor e do entusiasmo que tenho dentro de mim. Ao construir este centro, me perguntei de onde vem toda essa força. A resposta me levou ao nome da minha mãe
“Naquilo que faço, sempre coloco um pouco do amor e do entusiasmo que tenho dentro de mim. Ao construir este centro, me perguntei de onde vem toda essa força. A resposta me levou ao nome da minha mãe.” Com estas palavras inscritas em placa metálica, o empresário Marco Túlio Paolinelli homenageou sua genitora, sra. Hilda Bicalho Paolinelli, dando o seu nome ao Centro de Educação e Formação Ambiental existente no Instituto Agronelli, que ele cuidadosamente criou. Nada mais justo, quando se capta facilmente naquele oásis de paz, o amor pela natureza que só pode ser comparado à cumplicidade maternal e filial.
No dia 26/09/2009, a Academia de Letras do Triângulo Mineiro se fez presente na fazenda realmente modelo – Instituto Agronelli – onde a biodiversidade parece falar com as pessoas. Os pássaros são os primeiros intérpretes desse diálogo. Ali há uma clara sinergia entre o homem e o meio ambiente, ou seja, um completa o outro.
Projetos inteligentes de preservação do ecossistema, com projeções internacionais, foram e continuam sendo implantados naquele santuário. Não há nele um mínimo espaço sem esmero. Minas e cursos d’água, lagos, vales, terrenos revitalizados e florestas implantadas foram vistos de perto pelos acadêmicos da nossa ALTM. Marco Túlio Paolinelli prepara o seu inegociável legado para as gerações futuras.
Se procurarmos um lugar para ouvir a voz de Deus, não é exagero dizer que o Instituto Agronelli é esse lugar. Ao chegarmos numa área antes desértica e hoje limitada de um lado por inúmeras árvores frutíferas reinadas pelo jambolão e do outro por um bambuzal em forma de imenso túnel, confessou-nos Paolinelli: “...Este é o local que mais me toca o coração”. Entendemos a mensagem e emocionamos à sua volta.
Autoridades, pesquisadores, empresários, órgãos da imprensa, ONGs, etc. acorrem ao I. Agronelli para conhecê-lo. Turmas de alunos comparecem naquela fazenda de Primeiro Mundo e dela extraem conhecimentos além do plano teórico. Ali está uma instituição cidadã.
Todos nós fizemos uso da palavra e, sob a égide da paz, demos início a uma biblioteca. Ao fundo, Toninho da Viola declamou o poema “Moda derradeira”, dedilhando a música “Luar do Sertão”. Sem dúvida, foi um dia inesquecível para a Academia de Letras do Triângulo Mineiro.
(*) presidente do Fórum Permanente dos Articulistas de Uberaba e Região; membro da Academia de Letras do Triângulo Mineiro
