Um dos assuntos a que tenho me dedicado bastante a estudar é referente à alimentação e à influência de algumas dietas no desencadeamento das doenças. Priorizei abordar esta temática nas colunas, comentando sobre pesquisas recentes e, principalmente, sobre o papel decisivo que alguns alimentos naturais podem exercer no fortalecimento do organismo para combater as doenças. Sabemos que uma dieta rica em vegetais, os chamados alimentos “alcalinizantes”, é a indicação geral para todas as pessoas e de todas as idades, sendo sinônimo de promoção de saúde e qualidade de vida. Entretanto, é importante também ter uma atenção redobrada com a forma de cultivo desses alimentos, pois a cada dia novos experimentos são realizados, provando que os resíduos dos agrotóxicos utilizados na produção em grande escala podem afetar o nosso organismo e desencadear uma série de doenças.
Em 1993, foi publicada no Journal of Applied uma pesquisa realizada durante 2 anos em Chicago, Estados Unidos. A ideia era comparar a diferença entre o alimento orgânico, produzido sem o uso de agrotóxicos, e outras substâncias químicas, e o alimento produzido de forma convencional. Foram analisadas várias amostras de maçã, batata, pera, trigo e milho doce, constatando-se que os alimentos orgânicos apresentam um diferencial acentuado no conteúdo de alguns minerais essenciais. Em outro artigo, publicado no Jornal de Medicina Alternativa e Complementar com o título “Comparação da Qualidade Nutricional de Frutas, Hortaliças e Grãos Orgânicos e Convencionais”, há o relato de que os alimentos orgânicos, em média, contêm 29,3% mais magnésio, 27% mais vitamina C, 21% mais ferro, 13,6% mais fósforo, 26% mais cálcio, 11% mais cobre, 42% mais manganês, 9% mais potássio e 15% menos nitratos.
A partir dessas informações, passei a discutir com colegas médicos e algumas lideranças de Uberaba sobre a ideia de uma horta orgânica comunitária.
O objetivo seria cultivar alimentos sem veneno, oferecendo-os à população por preço de custo. A horta também forneceria alimentos para o Hospital do Câncer. Um grande apoio que já consegui foi do vice-prefeito e meu amigo pessoal, Dr. Paulo Mesquita, que se disponibilizou a mobilizar outras lideranças políticas em torno desta iniciativa e a levantar esta bandeira, mostrando que o governo municipal está preocupado com a saúde dos Uberabenses e que valoriza ideias de promoção de qualidade de vida e de defesa do meio-ambiente. Quero, desde já, manifestar minha gratidão a esse grande homem e médico, por todo o apoio e incentivo.
Escolhi mencionar essa ideia em minha coluna exatamente para que possamos iniciar um movimento em torno da horta orgânica comunitária e concretizar esse projeto. Várias instituições já têm a sua própria horta orgânica e em muitas cidades existe esse movimento da produção comunitária. Os alimentos orgânicos são mais que grandes fontes de nutrientes, eles também valorizam o manejo equilibrado do solo e demais recursos naturais, sendo, portanto, zeladores do meio ambiente e inimigos da poluição.
Vamos nos mobilizar em torno desta causa e defender a criação de uma horta orgânica comunitária na cidade, que trará inúmeros benefícios à população. Com união e força de vontade, conseguiremos fazer um grande movimento contra os perigos de uma alimentação desregrada e rica em aditivos químicos, que só trazem prejuízos para o nosso organismo. No blog do IMOR http://institutomor.blogspot.com/ atualizarei sobre novidades do projeto da e os caminhos que estamos buscando para concretizar a ideia. Não deixem de abraçar esta iniciativa e de estar informados sobre o seu andamento. Até a próxima coluna, com mais discussões sobre saúde e bem-estar!
