As palavras da moda circulam na velocidade da luz entre nós e, em muitos casos, entram e saem das cabeças sem que muitos realmente entendam o que significam.
As palavras da moda circulam na velocidade da luz entre nós e, em muitos casos, entram e saem das cabeças sem que muitos realmente entendam o que significam. Empreendedorismo é uma delas e já abordamos esse assunto aqui. Na prática, ser empreendedor é correr atrás, é fazer acontecer, liderar, ter um rumo, ter iniciativa, autoconfiança, ser um “otimista realista”, ter perseverança, intuição, senso de oportunidade, senso de urgência. É saber aprender com os erros e com os bons exemplos; é fixar metas e alcançá-las. Apesar do nome, o empreendedorismo não é privilégio das empresas. E para ser empreendedor não precisa ser dono ou chefe. O empreendedorismo pode e deve acontecer também no setor público e não repousa apenas nos ombros dos mandatários. O setor público impregnado de empreendedorismo gera crescimento e desenvolvimento, isto é, melhora os indicadores econômicos e eleva o padrão de vida das pessoas naquilo que interessa: segurança, saúde, educação, cultura, conforto, sofisticação. A boa notícia é que o empreendedorismo está contaminando o setor público no Brasil, significando que há políticos empreendedores comprometidos com a cidadania. Não são empreendedores de si mesmos e seus bolsos, mas da coletividade. Apoios para esses bons brasileiros já existem. Um exemplo está no SEBRAE com o Prêmio Prefeito Empreendedor Mario Covas. A iniciativa motiva os prefeitos que fortalecem e incentivam o desenvolvimento das micro e pequenas empresas por meio de ações empreendedoras. O SEBRAE analisa o planejamento e estruturação do município para o desenvolvimento; o estímulo à formalização de micro e pequenas empresas, a desburocratização, a desoneração tributária, a disponibilização e melhoria de infraestrutura municipal, o estímulo às compras governamentais, o estímulo ao crédito e capitalização, o estímulo à tecnologia, o estímulo à capacitação, o estímulo ao cooperativismo e associativismo, bem como as políticas de sustentabilidade ambiental. Quem faz isso está fazendo Gestão Pública Empreendedora! Interessante notar que, além do foco nas micro e pequenas empresas, são bem avaliadas as ações que apresentam resultados mensuráveis e que possam ser copiadas em outros municípios. Aqui está o cerne da cidadania. Não há como negar o legítimo direito e dever dos bons líderes políticos em criar coisas boas para suas cidades e regiões. Contudo, diferentemente das empresas, no meio público e social, o que dá certo deve ser copiado. Com os devidos reconhecimentos. Isso faz parte da cidadania. (*) economista, diretor titular da Aciu, sócio do Rotary Uberaba [email protected]