Enquanto a disseminação do coronavírus começa a cair em diversos lugares do mundo e vários países já avançam para o desconfinamento, o mercado do turismo começa a lidar com as dúvidas de como será viajar quando a pandemia passar.
O fim das quarentenas e a reabertura paulatina das atrações começa a animar agências de turismo. Porém, na prática, só poderemos mesmo viajar com segurança depois que órgãos nacionais e internacionais, como o Ministério da Saúde e a Organização Mundial da Saúde (OMS), indicarem que é seguro fazê-lo.
Ao que tudo indica, as primeiras viagens após o fim da pandemia de coronavírus serão nacionais. Além das pessoas possivelmente se sentirem mais tranquilas viajando dentro do Brasil, existe um fator econômico a ser levado em conta.
A crise financeira atual comprometeu repentinamente a renda de empresários e trabalhadores, bem como o calendário de férias das famílias. Junto a isso, o aumento expressivo da cotação do dólar impacta diretamente nos gastos da viagem em destinos no exterior, o que pode afastar os primeiros viajantes do embarque internacional.
De olho na retomada gradual do turismo no Brasil, o governo federal lançou este mês o selo “Turista Protegido” para chancelar hotéis, locadoras de veículos, transportadoras, agências de viagem e demais setores que seguirem protocolos de segurança sanitária e boas práticas para a prevenção da Covid-19.
Conforme o Ministério do Turismo, estão previstos 16 protocolos que serão segmentados conforme as especificidades de cada setor (hospedagem, transportes, passeios guiados etc). A orientação específica para cada categoria deve ser divulgada nos próximos dias.
A criação do selo de boas práticas faz parte da primeira etapa do Plano de Retomada do Turismo Brasileiro, que pretende qualificar o setor e promover o Brasil como um destino turístico protegido e preocupado em oferecer segurança aos visitantes nacionais e estrangeiros.
A criação dessas diretrizes sanitárias para o setor pós-pandemia é essencial, já que os primeiros destinos nacionais começaram a autorizar a reabertura de hotéis e atrações na última semana. É o caso de Foz do Iguaçu e Gramado, que pretendem retomar aos poucos as atividades turísticas até junho.
*Gisele Barcelos é uma jornalista viajante, que adora pesquisar e montar roteiros para aventuras pelo Brasil e exterior. Além de escrever sobre política no Jornal da Manhã, é autora do https://checklistmundo.com/, onde compartilha suas andanças e experiências pelo mundo afora.