O Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) utiliza um modelo matemático de correçã Teoria de Resposta ao Item (TRI). O método faz com que participantes tenham notas diferentes, mesmo se tiverem o mesmo número de respostas corretas.
Se alguém acerta as questões mais difíceis, mas erra aquelas consideradas fáceis, provavelmente "chutou" as respostas. Por isso, terá uma nota inferior à de um estudante que acertou as fáceis, mas errou as mais complexas. Ou seja, o TRI é um método que busca priorizar a coerência no desempenho dos candidatos.
"Diferentemente da teoria clássica, em que só é considerado o número de acertos, o TRI tenta descobrir quem está realmente preparado para a prova", explica Daniel Perry, diretor do Anglo Vestibulares.
A prova é preparada com perguntas pré-classificadas como fáceis, médias e difíceis. O esperado é que o candidato tenha um desempenho melhor nas mais simples.
Para que existe o TRI?
O TRI apresenta vantagens em relação ao método clássico de correção pois detecta os famosos "chutes" e possibilita a comparação entre candidatos que tenham feito diferentes edições do exame. Ele também torna mais improvável que dois concorrentes tirem exatamente a mesma nota – já que o resultado final é divulgado com duas casas decimais (816,48 pontos, por exemplo).
Como se dar bem com o TRI?
Uma tática é começar pelas questões que pareçam mais fáceis para o candidato. "No início, ele vai estar mais descansado e poderá garantir o acerto dessas perguntas que demandam menos esforço. O risco de errar diminui. Depois, pode partir para as mais trabalhosas", sugere Pitoscio. Mas vale ressaltar que cada um deve encontrar sua melhor forma de administrar o tempo da prova.
*Com informações G1