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Sacrifício de boi enfurecido gera polêmica

Biólogo Paulo César acompanhou a captura do animal no parque

Da Redação
Publicado em 29/11/2009 às 14:59Atualizado em 20/12/2022 às 09:19
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Tiros disparados para conter o boi enfurecido que invadiu o parque Mata do Ipê, na sexta-feira (27), continuam gerando polêmica. Nas rodas de conversa, o assunto mais questionado é a ação da polícia, principalmente pelo fato de a guarnição não usar dardo tranquilizante, capaz de sedar o animal e contê-lo de forma menos violenta.

Como a maioria dos que expressaram opinião sobre o caso, Magda Reis Campos caracterizou a atuação da polícia como despreparo. “Por mais que o animal estivesse violento, deveria ter se considerado que ele estava em um ambiente diferente ao seu, assustado. Sacrificá-lo não foi uma atitude ideal”, concluiu a professora.

Quem também não encontrou justificativa para a execução do boi foi a presidente da Sociedade Protetora dos Animais em Uberaba, Denise Stefani Max, que foi incisiva, relatando que a polícia tinha a intenção de matar o animal. Para ela, o animal poderia ter ficado fechado no parque até que profissionais preparados chegassem ao local.

De outro lado, o biólogo técnico responsável pelo parque, Paulo César Franco, disse que diante dos fatos existem dois problemas, sendo que em Uberaba, a Polícia Ambiental e a Secretaria de Meio Ambiente não disponibilizam da ferramenta que efetua o dardo tranquilizante em animais, e o outro fator, segundo o biólogo, é o risco que as pessoas correram naquele momento, lembrando o ocorrido com o vigia do parque, João Lima, 62 anos, que teve ferimentos na testa causados pela agressão do boi.

Ele ainda ressaltou que a polícia tentou conter o bovino, não sendo suficientes as perfurações feitas por arma de fogo. Logo em seguida houve uma contenção mecânica feita por um vaqueiro e um zootecnista para aplicação de sedativo. “Nada foi realizado sem pensar ou de maneira improvisada, houve zelo o tempo todo”, explicou o biólogo, que considera a ação dos policias acertada.

Risco. Paulo César chamou a atenção da população, dizendo que a discussão deve ser levada a outro âmbito. Segundo ele, o que deve ser analisado é o fato de as pessoas aproveitarem lotes abandonados para deixar seus animais. O biólogo fala dos acidentes causados por animais silvestres em estradas e em perímetros urbanos. “É preciso provocar nas pessoas o senso de responsabilidade nos tratos com animais domésticos, para que situações como esta não se repitam, pois em momentos como o que aconteceu na sexta são necessárias ações rápidas, nem sempre dá para pensar”, concluiu.

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