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Está endividado? Confira dicas para se reorganizar financeiramente e prevenir futuras dívidas

Entre empréstimo, refinanciamento, crédito consignado e cheque especial veja o que é viável e o que é melhor evitar

Raiane Duarte
Publicado em 26/05/2020 às 15:52Atualizado em 18/12/2022 às 06:35
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Vários setores estão sendo atingidos pela pandemia causada pelo novo coronavírus, desde a saúde até a economia. Com cortes de salários, demissões e atraso de pagamentos, as finanças se tornam ainda mais delicadas e dúvidas de como proceder surgem. Afinal, como reorganizar as dívidas?

A reportagem do JM Online conversou com o economista Cássio Silveira e elencou alguns pontos para serem observados. Primeiro, é importante destacar que cada pessoa possui uma característica de consumo distinta. Existem dívidas causadas por variáveis que não são controladas e há as dívidas causadas pela falta de planejamento.

“Existem alguns compromissos que não podem ser negligenciados, que são principalmente os gastos que garantem o funcionamento de uma residência”, afirma. Silveira explica que estes gatos são, principalmente, a alimentação básica, medicamentos, água, luz, internet e telefone e os impostos. “Os passivos financeiros seriam os mais adequados para se negociar.

Por exemplo, um cartão de crédito, caso uma pessoa se veja em uma situação complicadíssima, talvez seja a hora de chegar no banco e dialogar.”

Empréstimo, crédito consignado, refinanciamento e cheque especial

O economista afirma que o ideal primeiramente é tentar renegociar com os bancos, porque lá eles têm mecanismos para isto; esticar os prazos, ajustar os juros e dar condições mínimas para passar pela crise sem grandes prejuízos.

“Os empréstimos para compras mal planejadas são os mais perigosos”, explica Silveira. Porém, quando se chega em um ponto onde há uma necessidade inevitável do empréstimo, seja por um imprevisto ou por consumo exacerbado, é importante buscar diferentes taxas e tipos de empréstimos que existam.

“Hoje, por exemplo, existem créditos consignados. O banco diminui o risco, uma vez que é quase garantido o recebimento, já que o valor é descontado em folha, consequentemente, esse juro acaba sendo menor e mais barato. Caso o crédito consignado não seja possível, as vezes é interessante refinanciar”, analisa. Ainda segundo o economista, em casos de bens, como carros, essa medida pode ser uma opção. “Porque geralmente no refinanciamento aquele bem fica em garantia e os bancos cobram uma taxa mais barata. Então é uma forma de baratear o capital.”

Segundo Cássio Silveira, o crédito pessoal comum e o cheque especial acabam sendo as piores hipótese. “No crédito comum a pessoa cria um comprometimento de renda em função da parcela do financiamento. É importante verificar se aquela parcela vai comprometer ou não a renda dela. Porque às vezes o indivíduo pega dinheiro emprestado, consegue uma taxa boa e resolve o problema, porém assume uma parcela muito alta que irá gerar um desequilíbrio no orçamento dos meses seguintes.”

“O que as pessoas nunca devem fazer é usar o cheque especial”, aconselha. Essa medida acaba resolvendo no momento, mas afeta o orçamento posteriormente, pois “o cheque especial é caríssimo”. Desta forma a pessoa volta a ficar sem dinheiro no mês seguinte tendo que recorrer novamente a novos empréstimos.

Planejamento e prevenção de dívidas

É importante revisar todos os gastos da família para ver o que pode ser adequado ou não e o que pode ser cortado. “Há alguns gastos que as pessoas podem planejar melhor e fazer uma adequação de vida, de repente um plano de contingência dentro da casa mesmo; evitar desperdícios, tomar banhos mais rápidos, acender as luzes da casa só onde realmente estiver utilizando, usar o carro só para o que é necessário, reduzir a compra de comidas prontas e deixá-las para uma vez por semana ou em uma ocasião especial.”

Novo normal

A crise causada pelo coronavírus também deve gerar mudanças comportamentais futuras. “Se fala muito em novo normal, acredito que todos os consumidores vão passar por uma série de transformações. O comércio deverá ser mais criativo e terá que agregar mais valor para o consumidor. Por outro lado, o consumidor, por sua vez vai avaliar muito o comportamento, o jeito de conduzir e de lidar com o dinheiro. Até quem não tinha o costume de reserva com essa crise percebeu a importância dela”.

Dicas gerais

Para evitar endividament

- Faça um planejamento.

- Use a autorreflexã “Eu preciso mesmo comprar isto?” ou “Este é o melhor momento para fazer essa troca de celular (exemplo)?”

- Na medida do possível tente fazer uma reserva de contingenciamento, voltada para imprevistos como doenças ou demissões.

Para o pós-endividament

- Converse com gerente do seu banco.

- Verifique a possibilidade de crédito consignado.

- Evite ao máximo o cheque especial e as linhas de crédito rápidas.

- Evite empréstimo particulares, os famosos “agiotas”.

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