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Educação financeira é a solução para não se endividar, diz economista

Diovana Miziara
Publicado em 30/12/2023 às 18:08Atualizado em 30/12/2023 às 18:32
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Fim de ano chegou e as dívidas acumularam? Sair do sufoco depende frontalmente de educação financeira, segundo explicou o economista Marco Antônio Nogueira em entrevista à Rádio JM. E um dos maiores vilões pode estar justamente na sua carteira: o cartão de crédito.

“A primeira questão é ter educação para com o dinheiro. Dinheiro não aceita desaforo. Se tivermos uma relação saudável com ele, ele nos ajuda; do contrário, coloca-nos em situações de dívidas, visto o salário médio baixo, as taxas de juros e de cartões altas. Se não tiver controle, a pessoa vai passar por maus pedaços”, alerta o economista.

O caminho para alcançar esse objetivo, de acordo com Marco Antônio Nogueira, requer consistência. Uma boa dica para economizar e saber de fato qual o destino de todo o dinheiro recebido é anotar todos os gastos, sem exceção, e colocar em um local visível para toda a família. “É pegar um papel, anotar e colocar na porta da geladeira”, comenta.

O economista ainda faz importante alerta: cerca de 30% dos furos dos gastos no orçamento são de compras desnecessárias, como o trocado a mais no semáforo ou a compra por impulso. De acordo com Marco Antônio, a economia comportamental está ganhando força e já foi mais que provado que há uma área do nosso cérebro que perde o controle sobre os desejos por compra, que são as compras por impulso e que comprometem as faturas mensais.

Por isso, Nogueira sugere que, “ao abrir a porta para a compra, se faça três perguntas: Eu quero comprar isso? Eu preciso comprar isso? Eu posso comprar isso?”. Se uma das respostas for não, talvez seja melhor não realizar a transação. “Hoje as famílias precisam sentar e ver a real situação. Planejar é algo salutar”, comenta.

Com a facilidade de acesso, principalmente via internet, e o bombardeamento de campanhas de marketing, opções não faltam. Por isso, se não forem feitas conscientemente, as compras comprometem o orçamento e geram problemas no pagamento dos gastos essenciais.

“Agora, no início do ano, temos IPTU, IPVA, escola e materiais. Quem se preparou para isso? Recorremos ao cartão, que divide, mas uma hora tem que pagar, e precisamos ter a noção de que cartão é caro”, pondera.

Vale lembrar que os juros do cartão de crédito passaram por recente reforma, justamente buscando romper o ciclo do superendividamento do brasileiro. A nova lei, aprovada em 2022, prevê medidas de informação e prevenção, para conter também juros abusivos cobrados por instituições financeiras.

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