TRÁFICO

Droga mortal feita de ossos humanos é apreendida com ex-comissária de bordo

Mulher de 21 anos carregava mais de 45kg de “kush” e foi presa no Aeroporto Bandaranaike em Colombo, Sri Lanka

O Tempo
Publicado em 26/05/2025 às 14:16Atualizado em 26/05/2025 às 15:31
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Charlotte May Lee, de 21 anos, foi presa no Sri Lanka com droga feita de ossos humanos (Foto/Reprodução/Instagram @charlottemaylee)

Charlotte May Lee, de 21 anos, foi presa no Sri Lanka com droga feita de ossos humanos (Foto/Reprodução/Instagram @charlottemaylee)

Uma ex-comissária de bordo foi presa transportando mais de 45kg de “kush”, droga sintética mortal fabricada com ossos humanos, no Aeroporto Bandaranaike em Colombo, Sri Lanka. Charlotte May Lee, de 21 anos, pode enfrentar até 25 anos de prisão caso seja condenada por contrabando.

As autoridades aduaneiras do Sri Lanka interceptaram Lee com malas contendo a substância ilícita, realizando a maior apreensão desta droga na história do país. O estoque apreendido tem valor estimado em US$ 3,3 milhões no mercado ilegal, segundo informações fornecidas à BBC.

Sampath Perera, advogado da acusada, afirmou que Lee alega que as drogas foram "plantadas" em sua bagagem sem seu conhecimento. A jovem está detida em uma prisão ao norte de Colombo, onde dorme no chão de concreto, mas mantém contato com familiares.

Natural do sul de Londres, Lee trabalhava na Tailândia antes da prisão. Ela deixou Bangkok porque seu visto de 30 dias estava expirando e optou por um voo de três horas para o Sri Lanka enquanto aguardava a renovação de sua documentação tailandesa.

"Eu nunca tinha visto [as drogas] antes. Eu não esperava nada disso quando me pararam no aeroporto. Achei que estaria cheio de todas as minhas coisas", declarou Lee ao Daily Mail.

O "kush" é uma droga originária da África Ocidental que causa aproximadamente 12 mortes semanais apenas em Serra Leoa. A substância contém, supostamente, ossos humanos entre seus componentes. Em Serra Leoa, a demanda pela droga provocou casos de profanação de túmulos, com invasões a cemitérios em busca de esqueletos.

O presidente de Serra Leoa, Julius Maada Bio, descreveu o kush como uma "armadilha mortal" que representa uma "crise existencial" para seu país. A situação levou o governo a declarar estado de emergência no ano passado e reforçar a segurança nos cemitérios.

As autoridades do Sri Lanka alertaram sobre um aumento na entrada de drogas no país via Bangkok. Um oficial da alfândega explicou à BBC: "Outro passageiro que havia saído do aeroporto de Bangkok, quase ao mesmo tempo, foi preso em outro país. Prendemos esta senhora [Lee] com base em perfis". O oficial acrescentou que o problema das drogas "tem sido um grande incômodo" para o país.

Fonte: O Tempo

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