DIRETO COM O DONO

Diretor da Ricardo Eletro é condenado por sonegação fiscal

O acusado era investigado por crimes de sonegação fiscal

Publicado em 30/11/2023 às 16:31Atualizado em 30/11/2023 às 16:33
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 (Foto: Divulgação)

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O diretor administrativo-financeiro do Grupo controlador da Ricardo Eletro foi condenado a um ano, dez meses e 131 dias de prisão, além de uma multa. O processo estava em trâmite na 3ª Vara Criminal de Contagem, que acolheu a denúncia do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) por crimes de sonegação fiscal entre os anos de 2016 e 2020.

O início do processo ocorreu após a operação "Direto com o Dono", realizada em 2020 pelo MPMG, Polícia Civil e Secretaria de Fazenda de Minas Gerais. O proprietário da Ricardo Eletro chegou a ser preso temporariamente por apropriação indébita tributária de cerca de R$ 400 milhões em ICMS.

Segundo a denúncia, entre os anos de 2016 e 2020, os diretores do Grupo Máquina de Vendas executaram uma política de sonegação fiscal na empresa controladora da Ricardo Eletro, apropriando-se de ICMS devido ao Estado de Minas Gerais. A argumentação era de que o valor do ICMS era cobrado do consumidor nas vendas dos produtos pelo varejista. Após receber os valores relativos ao tributo, por determinação dos gestores da empresa, essa quantia não era repassada à Fazenda Estadual, incorporando-se ao patrimônio do grupo econômico.

No início de 2023, o ex-proprietário do grupo confessou a prática da sonegação fiscal e firmou acordo de não persecução penal com o MPMG, por meio do qual pagou cerca de R$ 5 milhões de reais para ter extinta a punibilidade em relação aos crimes tributários. Na sentença publicada esta semana, o diretor do grupo, responsável pelo setor administrativo e financeiro, foi condenado por ter atuado para a prática da sonegação fiscal, ordenando o não repasse do tributo ao Estado de Minas Gerais.

O esquema criminoso teria causado um prejuízo de aproximadamente R$ 400 milhões aos cofres do Estado de Minas Gerais, entre os anos de 2016 e 2020.

Após a operação Direto com o Dono, a Ricardo Eletro entrou em recuperação judicial, fechando suas lojas físicas e demitindo centenas de empregados.

O promotor de Justiça Fabio Reis de Nazareth informou que essa é a primeira condenação por crime de apropriação indébita tributária relativa aos crimes praticados por meio da Ricardo Eletro. Afirmou ainda que da sentença ainda cabe recurso e que a cobrança do valor da dívida está vinculada à recuperação judicial da empresa, devendo obedecer a ordem legal de créditos prioritários.

Os acusados poderão recorrer em liberdade.

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