CRIME

'Coiote' mineiro admite acusações e pode ficar preso por até 10 anos nos EUA

O Departamento de Justiça dos EUA divulgou que a atividade culminou em "pagamentos de milhares de dólares"

Publicado em 17/04/2023 às 08:19Atualizado em 17/04/2023 às 08:25
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'Coiote' mineiro admite acusações e pode ficar preso por até 10 anos nos EUA (Foto/Pexels/Reprodução)

'Coiote' mineiro admite acusações e pode ficar preso por até 10 anos nos EUA (Foto/Pexels/Reprodução)

Fagner Chaves de Lima, de 41 anos, admitiu culpa em acusação de tráfico humano no Tribunal Distrital de Connecticut, nos Estados Unidos. Mineiro, natural de Tarumirim, no Vale do Rio Doce, ele está preso desde 30 junho de 2022 acusado de ser “coiote”, nome dado a quem serve como ponte para imigração ilegal. Ele estaria há 20 anos no “mercado” ilegal. Se condenado, ele pode pegar até 10 anos de cadeia, três em liberdade condicional e multa de R$ 1,22 milhão.

O Departamento de Justiça dos EUA divulgou que a atividade culminou em "pagamentos de milhares de dólares" ao mineiro. Lima é morador de East Hartford, em Connecticut, e também era encarregado de providenciar acomodações para as vítimas durante a viagem. Além de tráfico humano, ele é suspeito de ameaça e extorsão.  


Investigadores coletaram provas contra o mineiro por meio de um agente disfarçado. Ele registrou conversas com o suspeito pelo WhatsApp, e o policial ofereceu pagamento de US$ 15 mil (equivalente a R$ 73,6 mil pela cotação deste domingo, 16 de abril) pelos serviços ilegais.

Os valores seriam gastos para levar do Brasil para os EUA a irmã e a sobrinha do agente disfarçado. Lima teria respondido que está envolvido com o tráfico de pessoas "há 20 anos" e consegue colocar dentro do território americano pessoas "com visto, sem visto, ou se . . .[eles] são procurados pela polícia".  

"A operação de contrabando humano que Lima explorou colocou em perigo indivíduos vulneráveis que procuraram seus serviços para vir para os Estados Unidos em busca de uma vida melhor. Ele explorou esses indivíduos vulneráveis para obter dezenas de milhares de dólares em lucro", narra a procuradora Rachael Rollins em nota.  

 “Nenhum ser humano deveria ser tratado como uma mercadoria, mas foi exatamente isso que esse homem fez. Ele mentiu para suas vítimas para ganhar centenas de milhares de dólares para si mesmo", acrescentou Joseph Bonavolonta, agente especial do FBI. 

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