TERROR

Adolescente desaparecido em Pontal é encontrado morto com indícios de violência

Publicado em 10/06/2025 às 09:35
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Alex Gabriel Santos, de 16 anos, foi morto em Pontal, SP (Foto/Arquivo pessoal)

Alex Gabriel Santos, de 16 anos, foi morto em Pontal, SP (Foto/Arquivo pessoal)

O corpo de Alex Gabriel Santos, de 16 anos, foi localizado no último sábado (7), nas águas do Rio Pardo, entre a cidade de Pontal (SP) e o distrito de Cândia. O jovem estava desaparecido havia seis dias. Informações preliminares apontam que ele foi submetido a maus-tratos antes de morrer.

De acordo com familiares, o corpo apresentava sinais de tortura. A vítima estava com os braços e pernas amarrados com cordas e arame farpado, além de ter um saco plástico sobre a cabeça. A descrição foi feita por Samuel Lopes da Silva, primo do adolescente, que demonstrou indignação com a forma como o corpo foi encontrado. “Não dá para imaginar o que ele passou. Foi cruel.”

Alex sumiu na madrugada do domingo anterior, dia 1º, quando foi retirado de casa à força por um grupo de pelo menos três homens que chegaram em uma caminhonete. Segundo a investigação, o adolescente havia encontrado um telefone celular em um depósito de bebidas naquela noite e o levou para casa. A principal linha de apuração indica que o dono do aparelho teria ordenado uma retaliação.

A polícia descartou a hipótese de furto ou roubo do celular. Até agora, quatro pessoas foram presas temporariamente: João Guilherme Moreira, de 27 anos, dono do telefone; Uanderson dos Santos Dias, 19; Alex Sander Benedito Ferreira, 23; e Jean Carlos Nadoly, de 28. As defesas dos acusados ainda não foram localizadas para se manifestar.

Uma mulher que também estava no veículo foi identificada, mas, de acordo com os investigadores, é tratada como testemunha neste momento.

O grupo suspeito admitiu ter levado o jovem até um galpão, onde ele foi agredido. Conforme relatos policiais, após as agressões, Alex teria sido deixado em uma área de mata na zona rural de Cândia. A caminhonete utilizada na ação foi apreendida e periciada; nela foram encontradas manchas de sangue. Um dos indícios que ajudaram a localizar o corpo foi a descoberta de um tênis próximo ao rio, junto a vestígios de sangue e terra revirada.

O corpo foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) de Araraquara (SP), e o caso segue sob investigação. Exames periciais devem confirmar se os vestígios recolhidos no veículo e nas margens do rio pertencem ao adolescente.

Antes da confirmação da morte, a mãe de Alex, Evilene Pereira dos Santos, chegou a declarar que mantinha esperanças de encontrar o filho com vida. “Minha fé era que ele estivesse machucado, talvez preso em algum lugar, mas ainda vivo. Eu não perdi essa esperança”, disse.

Segundo familiares, o jovem era conhecido por seu jeito alegre e brincalhão. “Ele nunca teve problemas, era querido. A última lembrança que tenho dele é a gente se divertindo em um rio. Era só sorrisos”, relembrou o primo Samuel.

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