Na próxima terça (10), às 9h, o Tribunal de Júri analisa o caso de José Fidélis Silva Neto, acusado pelo homicídio duplamente qualificado
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Gabriel Ferreira Borges, de 23 anos, foi morto a tiros por suposto comparsa de crimes após discussão
Na próxima terça-feira (10), às 9h, o Tribunal de Júri analisa o caso de José Fidélis Silva Neto, acusado pelo homicídio duplamente qualificado de Gabriel Ferreira Borges, 23 anos. A vítima foi morta a tiros, por suposto comparsa de crimes, no trevo do anel viário com a Ligação 798, no dia 27 de fevereiro deste ano, após discussão sobre a posse de um cordão de ouro, produto de roubo em Pirajuba.
Conforme depoimento de I.R.S. na Delegacia de Homicídios, Gabriel havia pegado dinheiro emprestado com um agiota em Pirajuba e pago a dívida. Por isso, ele sabia que o agiota teria dinheiro em casa. Foi então que Gabriel teria combinado com os dois supostos comparsas, o primo L.C.F. e José Fidélis Silva Neto, de irem até a casa dele para roubá-lo. O grupo se dirigiu até aquela cidade no veículo da vítima, uma caminhonete GM S-10.
Na ocasião, apenas o réu teria descido do veículo para praticar o roubo. Porém, o homem reagiu ao assalto e o grupo somente conseguiu levar uma corrente de ouro e um celular. Em Uberaba, eles teriam se reencontrado para discutir como iria ficar a divisão da corrente de ouro proveniente do roubo cometido na manhã do dia do homicídio. Ainda conforme o depoimento, Gabriel teria dito que eles não tinham direito à parte do lucro com a corrente, porque ele teria tido despesas com o crime.
Porém, José Fidélis teria insistido que tinha preferência de ficar com a joia, porque ele é que teria descido do veículo para realizar o assalto. Como Gabriel não aceitava dividir a corrente, iniciou-se uma discussão e José Fidélis sacou um revólver, disparando contra a cabeça da vítima, que, no momento do crime, dirigia a caminhonete nas proximidades do trevo da rodovia AMG-2555 (anel viário) com a Ligação 798. Após os disparos, o primo de Gabriel pulou do carro em movimento e I.R.S. também fugiu do local, ficando para trás apenas José Fidélis, que levou da cena do crime a corrente de ouro e o celular da vítima.
No julgamento de terça-feira (10), a acusação será feita pelo promotor Roberto Pinheiro da Silva Freire e a defesa, sustentada pelo defensor público Glauco de Oliveira Marciliano.