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Fraternidade e juventude

Podemos quase afirmar que os tempos atuais pertencem à juventude. O avanço tecnológico, com a gama...

Terezinha Hueb de Menezes
Publicado em 03/02/2013 às 13:01Atualizado em 19/12/2022 às 14:55
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Podemos quase afirmar que os tempos atuais pertencem à juventude. O avanço tecnológico, com a gama de invenções que, a cada dia mais sofisticadas ficam - celular, iPhone, iPad, iPod, tablet etc., encontram o melhor desempenho nas mãos dos jovens.

Nas redes sociais, o maior movimento se deve aos jovens.

Com todas essas inovações, para as quais as famílias não estão totalmente preparadas, é necessário que haja um trabalho constante e específico para que os jovens não se percam no oceano tecnológico - por não terem controle sobre o seu uso -, cujas consequências podem ser o risco do isolamento, do individualismo e do comprometimento das relações humanas e humanizadas.

É incontestável a força da juventude. Por isso a necessidade de que seja despertado e canalizado nos jovens o potencial da fraternidade.

A juventude é fraterna quando sabe respeitar o ambiente familiar - pai, mãe, irmãos, avós -, atendendo à ordem hierárquica, percebendo, ainda, que conflitos podem ser contornados, discordâncias amenizadas, amizade despertada, solidariedade promovida.

A juventude é fraterna quando consegue, no ambiente escolar, combater o bullying, no respeito às pessoas diferentes, quer na capacidade de aprendizagem, quer na cor ou na raça, quer na compleição física, quer na situação social. Todos somos seres humanos, cada qual com características próprias. Ninguém é melhor que o outro. A verdadeira fraternidade começa quando cada um se coloca no lugar do outro, não querendo para ele o que não quer para si mesmo; quando consegue respeitar os mestres e os colegas, com atenção e amizade.

Juventude: fraternidade para com os desvalidos, os desamparados, os necessitados, não apenas materialmente, na carência da alimentação, da saúde, da moradia, educação, segurança, entre tantas prioridades, mas também nas carências interiores, quando o sofrimento surge, quando a esperança desaparece, quando a tristeza parece avassalar a alma humana. Aí, é necessária a palavra amiga, o ombro para sustentar as lágrimas do outro, o consolo para estancar as possíveis vicissitudes, o arrimo nos anseios malogrados.

Jovens: fraternidade consigo mesmos, no zelo com o próprio corpo, na preocupação com um futuro que desvele horizontes, no cuidado com a aceitação do que comprometa a saúde, sob a capa de benefício que esconde o perigo da violência, do álcool, das drogas, do sexo irresponsável, da promiscuidade, da busca desenfreada pelo prazer passageiro, mas comprometedor de vidas.

Por tudo isso, envia, Senhor, os jovens para searas que façam brotar neles o sentido da verdadeira vida, fraterna e solidária consigo próprios e com os irmãos, na formação de uma juventude mais consciente dos verdadeiros valores, mais crítica em relação aos desvalores morais, mais compenetrada de atitudes cristãs que auxiliem na construção de uma sociedade - presente e futura - mais humana, igualitária e justa.

Nota: Campanha da Fraternidade 3013: Tema: Fraternidade e Juventude. Lema: Eis-me aqui, envia-me! (Is 6,8)

Terezinha Hueb de Menezes

Educadora do Colégio Nossa Senhora das Graças e membro da Academia de Letras do Triângulo Mineiro

Terezinha Hueb escreve aos domingos neste espaço

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