É cada vez maior minha admiração pelo Papa
É cada vez maior minha admiração pelo Papa Francisco.
Dizem que os olhos são o espelho da alma: o que vemos pelo olhar de Francisco é a bondade repleta de humildade nas palavras e nas atitudes.
Admira-nos o caminho por ele empreendido, muitas vezes na contramão do que, até então, víamos na igreja. Principalmente em suas atitudes de não aceitar a superioridade em relação aos outros hierarquicamente inferiores.
A Jornada Mundial da Juventude é momento propício para que Francisco ressalte a importância dos jovens, não apenas no contexto atual, mas principalmente como herdeiros do futur “A juventude é a janela pela qual o futuro entra no mundo e, por isso, nos impõe grandes desafios. A nossa geração se demonstrará à altura da promessa contida em cada jovem quando souber abrir-lhe espaço; isso significa tutelar as condições materiais e imateriais para o seu pleno desenvolvimento; (...) garantir-lhe segurança e educação para que se torne aquilo que ele pode ser; transmitir-lhe valores duradouros pelos quais a vida mereça ser vivida; (...) despertar nele as melhores potencialidades para que seja sujeito do próprio amanhã e corresponsável do destino de todos.Com essas atitudes recebemos hoje o futuro.”
Francisco não nos traz “nem ouro nem prata”, mas nos traz a maior riqueza, Jesus Cristo.
Em Seu nome, deixa-nos sábias lições de comportament que conservemos a esperança (não se pode conceber um cristão de verdade que se desespere, julgando-se sem saída, mormente nas situações de tristeza e conflitos); deixar-se surpreender por Deus ( isso significa entrega total nas mãos de Deus, na certeza de que Ele está atento em todas as nossas necessidades e nos surpreenderá, a cada momento, com suas interferências reabilitadoras e amorosas); viver em alegria (desencantos existem, decepções também e muitas adversidades: mesmo assim, em forma de serenidade e aceitação do outro, o cristão necessita ser alegre e receber o dom da vida com entusiasmo, apesar de todas as intempéries: devemos ser para o outro e não apenas para nós mesmos).
O Papa Francisco segue as pegadas daquele outro Francisco que quis e soube abandonar toda forma de ostentação e riqueza, para adotar a singeleza de atitudes, na profundidade de singelas palavras e ensinamentos.
Daquele Francisco que se rebelava contra as desigualdades e injustiças sociais. Que soube, como ninguém, optar pelos anseios dos pobres.
Que a Jornada Mundial da Juventude, com a presença e as bênçãos de Francisco, se constitua verdadeiramente no início da jornada dos jovens rumo aos valores que enriquecem a vida, numa aceitação irrestrita de tudo aquilo que Cristo espera de cada um de seus seguidores.
O grande segredo do tripé cristão, acentuado pelo Papa Francisc “bote fé, bote esperança, bote amor”.
(*) Educadora do Colégio Nossa Senhora das Graças e membro da Academia de Letras do Triângulo Mineiro