Eu conheço muitas pessoas que têm tudo para ser um grande sucesso – inteligência brilhante, oportunidades financeiras e profissionais, estudos avançados etc –, mas que, por mais que cresçam profissionalmente, não conseguem se manter lá em cima, e, ao mesmo tempo, levam uma vida pessoal muito conturbada... O que será que impede tais pessoas de serem verdadeiramente prósperas? É bom que lembremos que prosperidade é o somatório de três fatores: dinheiro, saúde e bons relacionamentos. E, a meu ver, é no fator “bons relacionamentos” que está a resposta a essa questão. De que adianta você ter dinheiro e saúde, se não sabe tratar bem as pessoas, não tem simpatia nem interesse por ninguém? De que vale a estabilidade financeira e uma “saúde de ferro”, se você não tem com quem compartilhar? É..., mas não é fácil assumir esses bloqueios, não! O primeiro passo é a pessoa saber quem ela é – autoconhecimento – e, depois, fundamental é saber tudo de melhor que ela pode ser. A dificuldade que algumas pessoas apresentam em seus relacionamentos pessoais ou profissionais revela um baixo grau de inteligência emocional – um conjunto de habilidades que cada dia tem sido mais valorizado na busca de empresas por profissionais de qualidade. Entenda por inteligência emocional aquela que nada tem a ver com o intelecto, mas sim com a capacidade de lidar e controlar os próprios impulsos e emoções. Segundo pesquisas, o QI (quociente de inteligência) só influencia em 20% como fator determinante do sucesso. Já um QE (quociente de inteligência emocional), quando desenvolvido, garante ao indivíduo uma evolução pessoal e profissional muito rápida, porque, ao ser sensível em relação às emoções dos outros, ele se torna uma pessoa carismática, amável, de boa convivência e, consequentemente, um líder de verdade. Para facilitar a compreensão do leitor, vou listar aqui algumas características das pessoas que sabem manejar bem a sua inteligência emocional: são gratas (contam suas bênçãos); sabem perdoar (não gostam de julgar); são bem-humoradas; são generosas; sabem ouvir os outros (são bons aprendizes da vida); aceitam as imperfeições humanas com naturalidade (sem decepções); assumem o controle de suas vidas (não culpam os outros); não se importam com os fracassos (aprendem com eles); são muito persistentes (porque visam aos resultados); sabem expressar suas necessidades e desejos (sem medo das críticas, pois as aproveitam para aprender e melhorar); sabem dizer “não” quando é preciso (sem culpas); demonstram um cuidadoso controle sobre os seus impulsos; são amadurecidas em relação aos ganhos e perdas (ganham, sem vaidades, e sabem perder com dignidade, porque, mesmo perdendo, ganham a lição); sabem que são imperfeitas e sensíveis (mas agem como vencedoras); possuem uma visão realista da felicidade (acreditam no melhor, fazem o melhor que podem, mas estão preparadas para o pior, caso aconteça – “Plano B”, assim como estão preparadas para os “nãos” que a vida oferece). E, como são realistas-otimistas, estas pessoas têm seu plano de vida sempre por escrito (com metas claras e bem definidas). Resumindo tudo isso, a inteligência emocional está diretamente relacionada com a AUTOESTIMA – ingrediente principal da receita da felicidade. E você, amigo leitor? Assustou-se com essa lista? Pois não se preocupe, porque tenho certeza de que, se você se interessa por temas como esse, já tem dentro de si inúmeras destas habilidades. Só falta você se permitir que elas se manifestem e atraiam o sucesso e a alegria de viver que você tanto deseja!