Desde meus tempos de criança a mesma “profecia”: “Um mil chegará, dois mil não passará”. Traduzindo: não chegaremos ao ano três mil
Desde meus tempos de criança a mesma “profecia”: “Um mil chegará, dois mil não passará”. Traduzind não chegaremos ao ano três mil.
Nesse tempo de Advento (preparação para o Natal), são colocados diante de nossos olhos, para reflexão, trechos da Bíblia que falam do fim de todas as coisas. Era literatura comum no tempo de Jesus. Ele mesmo falou muito nesse assunto. O apóstolo Paulo foi ainda mais afoito ao afirmar que muitos dos vivos daquele tempo veriam esses acontecimentos. Eram profecias aterrorizantes.
Essas previsões escatológicas ainda povoam as mentes de muita gente. Vários vaticinadores ficaram famosos na História como São Malaquias e Nostradamus. Previsões muito vagas e simbólicas. Abriam um leque de muitas interpretações. Há muita gente que ainda acredita nessas visões.
De uns dois anos para cá, esses vaticinadores estão na crista da onda. Diante de suas “profecias” alguns são céticos, outros duvidam com medo, outros ainda acreditam cegamente. Os mais recentes desequilíbrios dos fenômenos da Natureza alimentam essas dúvidas e essas certezas. Tsunâmis, vendavais, tornados, terremotos, aquecimento global, deslocamento do gelo das calotas polares, enchentes. Focas e ursos polares perdendo seu “habitat”. Muita gente anda assustada. No fundo de suas mentes, perguntam: será que o fim não está chegando?
Ultimamente surgiu na área um desses profetas fazendo escola. Baseado numa profecia dos maias, previu não só o fim, mas até a data: 2012! Haverá uma reversão na rotação da terra numa velocidade de 100 mil quilômetros por hora. Não sei se é isto mesmo o que eu li. Posso estar dizendo tolices, mas tolice maior é desse profeta. Se tal acontecer, será mesmo o fim.
Se eu concordo com isso? Não. Não concordo nem acredito. Aliás, não acredito em profeta nenhum. Sei que o Universo terá seu fim, é o que apregoam os cientistas. Mas, vai levar tempo. Até que esse profeta poderia ter escolhido uma data mais pra frente. Dois mil e novecentos, por exemplo.
Tenho medo mesmo é do atrevimento dos homens afrontando o equilíbrio da Natureza. Você já pensou no aquecimento da terra. Você já pensou naquele seriíssimo grupo de cientistas afirmando que no ano de 2050 os homens vão brigar por falta de água e não por petróleo? Você já pensou na bomba atômica nas mãos daquele barbudinho lá do Irã? Ou daquele gordinho lá da Coréia do Norte?
Olhe, nenhum de nós vai ver o fim do mundo. No momento, é melhor cuidar de nossas vidas, corrigir nossos erros, enfim, viver de acordo com aquele Projeto de Vida que um humilde carpinteiro lá da Galiléia colocou em nossas mãos.