A expectativa no Corinthians é de que Gustagol possa voltar a ter oportunidade neste domingo, quando o time enfrenta a Ferroviária pelas quartas de final do Campeonato Paulista. O centroavante está há 20 dias de molho, por conta de uma entorse no tornozelo esquerdo, e nesse período viu a equipe se desenvolver e até aprender a jogar sem ele, o principal artilheiro.
No momento da lesão de Gustagol, ocorrida em 2 de março, o Corinthians só havia feito um gol, sem ter o centroavante em campo – justamente minutos antes da contusão do camisa 19, que entrou no decorrer do empate contra o São Bento. Não à-toa falava-se em “Gustavodependência”, pelos sete gols e duas assistências que o jogador tinha em 13 partidas. Agora, no entanto, o Alvinegro é bem mais autônomo.
O elenco parece ter compreendido o modelo pensado por Carille e as atuações são mais sólidas, na linha do que o treinador conseguia fazer nos tempos áureos, em 2017. É uma estratégia de jogo de concentração alta, que não tem lances de primazia técnica, mas supera o adversário pela insistência e pela inteligência coletiva. É um cenário em que a atuação individual é suprimida e, talvez, por isso a ausência do principal jogador alvinegro em 2019 não tenha sido tão sentida quanto se esperava.
O Corinthians soma três vitórias e um empate desde a entorse de Gustagol. Não que a ausência do artilheiro tenha a ver com a evolução do jogo coletivo por Carille, mas a lesão coincidiu com a primeira semana livre que o treinador teve para treinos, no começo deste mês. Dali em diante, o time melhorou.