Sérgio Nonato deixou a diretoria do Cruzeiro na última sexta-feira (4). Por meio de um comunicado, ele informou o pedido de demissão, alegando uma tentativa de pacificação do ambiente do clube. No entanto, a saída tem motivos maiores. A pressão interna vinda do Conselho Deliberativo e as rusgas com Itair Machado, seu antigo aliado, o fizeram deixar a Toca.
O principal motivo foi a rixa com Itair Machado. Coordenadores da campanha do presidente Wagner Pires de Sá, em 2017, os dois não se comunicavam com a mesma frequência de outrora. A divulgação dos problemas internos e o afastamento de Itair pela justiça deixaram a dupla fora de sintonia no dia a dia do clube.
A intenção do dirigente era se livrar dos problemas e deixar a cargo do departamento de futebol, liderado pelo antigo aliado, Itair Machado. A posição de Serginho frente à situação fez com que ele perdesse prestígio com aquele que era o braço direito de Wagner Pires de Sá nos bastidores.
Mas não foi só a rusga com o antigo aliado que o tirou da Toca da Raposa II. Houve também a pressão vinda do Conselho Deliberativo. O montante recebido pelo dirigente é o que o transformou em alvo dos conselheiros.
Serginho faturou mais de R$ 1,9 milhão no ano passado. O valor foi bastante contestado e fez com que a diretoria mudasse os termos de seu contrato. À época, o vice-presidente Hermínio Francisco Lemos informou a Zezé Perrella, presidente do Conselho Deliberativo, por meio de nota, que foram feitas rescisões de contratos de conselheiros do clube.
Serginho começou o atual mandato de Wagner Pires como diretor de comunicação do Cruzeiro, mas tornou-se diretor-geral ainda no ano passado. Em maio deste ano, ele teve seu nome envolvido nas denúncias de suspeita de lavagem de dinheiro, falsidade ideológica e falsificação de documentos.