O presidente do Corinthians, Roberto de Andrade, divulgou nota oficial ontem afirmando que desvios no orçamento da Arena Corinthians, denunciados em reportagem do site "Globoesporte.com", já estão sendo investigados por uma auditoria geral da obra coordenada pelo escritório de advocacia Molina & Reis.
Segundo a denúncia, valores que por contrato deveriam ter sido realocados para pagar despesas da obra do estádio acabaram nas contas da construtora Odebrecht e das empresas Temon, de instalações hidráulicas e elétricas, e Heating & Cooling, de ar-condicionado.
O problema é que a cláusula no contrato entre a Odebrecht e as empresas, que determina a divisão entre elas de eventuais valores que sobrassem no orçamento da Arena, contraria diretamente o contrato principal entre Corinthians e Odebrecht. Segundo esse documento, assinado em 2011 pelo então presidente Andrés Sanchez, o dinheiro economizado voltaria para a obra em vez de ficar com as empresas.
"Qualquer procedimento diferente [do estipulado no contrato de 2011] não faria o menor sentido, e atenta diretamente contra a boa-fé e o equilíbrio do contrato", disse Andrade.