O documento foi protocolado e, na própria quarta, também enviado ao gabinete do ministro Sérgio Moro, conforme confirmou à reportagem a assessoria da pasta
O Ministério da Justiça e Segurança Pública recebeu na quarta-feira (20) um pedido de abertura de força-tarefa para investigar lavagem de dinheiro "no âmbito dos clubes, empresas e pessoas" do futebol brasileiro.
A requisição foi feita por um conselheiro do São Paulo, Newton Ferreira, conhecido como Newton Chapéu, e seu advogado Carlos Petrelluzzi, em reunião com o secretário-executivo do Ministério da Justiça, Luiz Pontel de Souza, na sede do órgão, em Brasília.
O documento foi protocolado e, na própria quarta, também enviado ao gabinete do ministro Sérgio Moro, conforme confirmou à reportagem a assessoria da pasta.
O pedido tem como base uma ação do Ministério Público do Estado de São Paulo, que em 2016 determinou a instauração de um PIC (Procedimento Investigatório Criminal) junto ao Gedec (Grupo de Atuação Especial de Repressão à Formação de Cartel e Lavagem de Dinheiro e de Recuperação de Ativos) para investigar irregularidades referentes à gestão Carlos Miguel Aidar, ex-presidente do São Paulo, que renunciou ao cargo no final de 2015 após uma sequência de escândalos envolvendo seu nome.
O documento protocolado nesta quarta, ao qual foram anexadas cópias do procedimento corrente no MP-SP, pede a promoção "de uma ampla investigação sobre a lavagem de dinheiro no futebol brasileiro".
A defesa de Carlos Miguel Aidar, por meio de seu advogado José Luis Oliveira Lima, disse que não teve acesso a tal requerimento e que, no tocante ao processo corrente no MP-SP, "não há absolutamente nada que desabone a atuação de Carlos Miguel Aidar à frente da presidência".