ESPORTE

Cruzeiro vence Corinthians e é hexa da Copa do Brasil

Agora, o clube mineiro tem seis taças: 1993, 1996, 2000, 2003, 2017 e 2018, as duas últimas comandadas por Mano Menezes

Folhapress
Publicado em 18/10/2018 às 07:12Atualizado em 17/12/2022 às 14:35
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Divulgação UOL Esportes

Agora, o clube mineiro tem seis taças: 1993, 1996, 2000, 2003, 2017 e 2018, as duas últimas comandadas por Mano Menezes

Com a vitória por 2 a 1 na noite desta quarta-feira (17), no Itaquerão, o Cruzeiro conquistou o título da Copa do Brasil diante do Corinthians e se tornou o maior campeão da história do torneio.

Agora, o clube mineiro tem seis taças: 1993, 1996, 2000, 2003, 2017 e 2018, as duas últimas comandadas por Mano Menezes. Logo atrás da equipe de Belo Horizonte vem o Grêmio, com cinco conquistas.

O gol de Robinho, aos 27 minutos do primeiro tempo, colocou os mineiros na frente em Itaquera. Jadson ainda empatou para a equipe alvinegra no segundo tempo, mas Arrascaeta, que havia jogado amistoso com a seleção uruguaia nesta terça (16), no Japão, entrou na etapa final para decretar a vitória cruzeirense.

A derrota corintiana foi marcada pela participação decisiva do árbitro de vídeo, até então discreto na competição.

No lance que originou o gol do Corinthians, Ralf foi derrubado por Thiago Neves dentro da área. O árbitro Wagner do Nascimento Magalhães precisou consultar o VAR para ter certeza do lance e, então, marcou a penalidade, que Jadson converteu.

Pedrinho, que entrou no segundo tempo, acertou um belo chute de longe no ângulo de Fábio e marcou o segundo, para delírio dos torcedores corintianos presentes em Itaquera. Wagner Magalhães, porém, foi consultar o VAR novamente.

O árbitro viu falta de Jadson em Dedé no lance e anulou o gol que levaria a decisão para os pênaltis naquele momento.

Com o Corinthians partindo para cima em busca do segundo gol, sobrou espaço para o Cruzeiro. Em um contra-ataque, Raniel deixou Arrascaeta de frente para Cássio. O uruguaio tocou por cima do goleiro e decretou o triunfo mineiro.

Com a conquista, o Cruzeiro garante uma vaga na Copa Libertadores do ano que vem.

Já o Corinthians vive situação difícil se quiser disputar o torneio continental em 2019. O time é o 11º colocado no Campeonato Brasileiro e está a 11 pontos do Atlético-MG, sexto na tabela e último na zona de classificação para a Libertadores.

CORINTHIANS

Cássio; Fagner, Léo Santos, Henrique, Danilo Avelar; Ralf, Gabriel, Jadson; Romero, Jonathas (Pedrinho), Emerson Sheik (Clayson). T.: Jair Ventura

CRUZEIRO

Fábio; Edilson, Dedé, Leo, Lucas Romero; Henrique, Ariel Cabral, Robinho, Thiago Neves (Lucas Silva), Rafinha (Arrascaeta); Barcos (Raniel). T.: Mano Menezes

Estádi Itaquerão, em São Paulo

Públic 45.978 pagantes (total de 46.571)

Renda: R$ 5.108.151,00

Juiz: Wagner do Nascimento Magalhães (RJ)

Cartões amarelos: Ralf, Gabriel, Emerson, Fagner, Clayson (Corinthians); Rafinha, Thiago Neves, Robinho (Cruzeiro)

Gols: Robinho, aos 27min do primeiro tempo, e Arrascaeta, aos 36min do segundo tempo (Cruzeiro); Jadson, aos 9min do segundo tempo (Corinthians) Derrotado na final da Copa do Brasil, Corinthians terá que repensar finanças

Com a perda do título da Copa do Brasil e chances remotas de conquistar uma vaga na Libertadores, o Corinthians terá que repensar suas finanças para 2019.

De acordo com o último balanço financeiro da equipe, o déficit de 2018 é de cerca de R$ 17,3 milhões. A expectativa é que o clube liquide o saldo negativo deste ano com a premiação da Copa do Brasil.

Com o vice-campeonato, o clube receberá um total de R$ 31,9 milhões -R$ 20 milhões pela segunda posição, R$ 6,5 milhões pela participação nas semifinais, R$ 3 milhões pelas quartas de final e R$ 2,4 milhões pelas oitavas.

No entanto, ficará longe de quitar a dívida total, avaliada pelo clube em R$ 500 milhões.

Por ter perdido o título, o Corinthians deixou de receber R$ 30 milhões (diferença na premiação do campeão para o vice). A quantia é a maior já paga no torneio, que começou a ser disputado em 1989. No ano passado, por exemplo, o Cruzeiro sagrou-se campeão e faturou R$ 13,3 milhões.

O valor é quase três vezes maior do que a CBF pagará ao campeão da atual edição do Brasileiro (R$ 18 milhões).

A situação financeira corintiana só não é pior porque o clube arrecadou quase R$ 95 milhões com a negociação de jogadores desde a conquista do título do Brasileiro de 2017.

Recebeu R$ 15 milhões pela negociação de Rodriguinho com o Pyramids (EGI); R$ 2,2 milhões na saída de Sidcley, que se transferiu para o Dínamo de Kiev (UCR); R$ 6,6 milhões da venda de Maycon para o Shakhtar Donetsk (UCR); e R$ 18 milhões pela aquisição de Balbuena pelo West Ham (ING); além das vendas de Jô para o Nagoya Grampus (JAP) por R$ 10 milhões e de Guilherme Arana ao Sevilla por R$ 20 milhões.

Sem a vaga na Libertadores e longe da zona de classificação para o torneio no Campeonato Brasileiro -está 11 pontos atrás do Atlético-MG, último time que hoje teria vaga na competição sul-americana-, o Corinthians muito provavelmente precisará reduzir sua folha salarial. Atualmente, o clube tem uma das folhas mais caras do país: paga cerca de R$ 12 milhões por mês.

A participação na Libertadores ajudaria a equipe a conseguir mais receita com cotas de televisão. Neste ano, o torneio sul-americano pagou R$ 2,5 milhões aos times que disputaram a fase de grupos e chegaram às oitavas de final.

Segundo a Conmebol, organizadora do campeonato, na próxima temporada o valor da premiação irá dobrar. A ausência na competição continental também impactaria no pagamento do financiamento do Itaquerão, uma vez que a principal fonte de receita para quitar as parcelas do estádio vem da bilheteria.

Foi na Libertadores que o clube teve o maior público médio nesta temporada, com 33.565 pagantes por duelo, com uma renda média de R$ 2.322.843 por jogo.

Atualmente, a dívida do Corinthians com a arena está em R$ 1,17 bilhão. Mensalmente, o clube paga uma parcela de R$ 5,9 milhões ao BNDES via Caixa Econômica referentes ao empréstimo.

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