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Espiritualidade

Tem razão o acadêmico Dr. João Gilberto Rodrigues da Cunha

Terezinha Hueb de Menezes
Publicado em 19/08/2012 às 14:07Atualizado em 19/12/2022 às 17:51
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Tem razão o acadêmico Dr. João Gilberto Rodrigues da Cunha, quando diz, em seu último artigo, Reflexões: “Afinal, a diferença única que existe entre um ser humano e um animal é o que chamamos alma – ou espírito.”

Tem peso sua afirmaçã é comum, entre aqueles que se dedicam à ciência, principalmente à medicina, acreditar apenas no que se comprova cientificamente. E não há como comprovar, pela ciência, a espiritualidade em cada um de nós. Esta, sim, é objeto de fé.

E quando vemos a coragem de um médico – como a de tantos outros, cuja vida centrada na espiritualidade, acompanhamos – confessar sua crença, cresce em nós, em mim particularmente, a esperança de que é possível reverter o caos em que anda o mundo, de modo especial o Brasil, com tanta violência, com tanta corrupção, com tanto desrespeito a valores básicos na vida dos cidadãos, com tanto desprezo pelos que sofrem: ainda há os que acreditam que a matéria não é a finalidade última da criação.

Ai de mim, se acreditasse que, além da matéria que me enforma nessa vida, nada mais existe!

“Poucas vezes penso na profundidade da vida, seu corpo material e seu espírito, que será eterno. Não me aflige fazer pregação religiosa, quando muito é levantar o pensamento além da exclusividade material”, afirma João Gilberto, o que nos leva à conclusão de não somos exclusivamente matéria: algo mais nos compõe, e é o mais importante – a alma ou espírito que nos confere a certeza da continuidade de nossa vida, em plano outro, na eternidade com o Pai.

E tudo por aqui é tão passageiro que continuo, mais uma vez, sem entender aqueles que só querem acumular sempre mais, sem ver, ao seu derredor, os que sofrem e precisam de ajuda. É tudo tão rápido que, por vezes, talvez com um laivo de descrença, pergunto-me sobre o que vale a pena.

E assim pensando, lembro as consoladoras palavras do apóstolo Paulo aos coríntios: “Quando este nosso corpo corruptível se tornar incorruptível e este nosso corpo mortal se tornar imortal, então se realizará a palavra da Escritura: “A morte foi absorvida na vitória.”

 Com isso, dentro de mim, que tenho fé, cresce a certeza de que não perdi, de forma definitiva, mas apenas material, as pessoas que tanto amo e que já se foram.

 

(*) Educadora do Colégio Nossa Senhora das Graças e membro da Academia de Letras do Triângulo Mineiro

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