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Dor e rigidez podem ser sinais de capsulite adesiva

Provavelmente, alguns dos leitores desta coluna já devem ter sofrido da doença que irei tratar na coluna desta semana.

Dr. José Fábio Lana
Publicado em 30/11/2010 às 10:36Atualizado em 20/12/2022 às 02:58
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Provavelmente, alguns dos leitores desta coluna já devem ter sofrido da doença que irei tratar na coluna desta semana. E, às vezes, por não procurarem um especialista, não souberam ao certo o que tiveram. Podem ter acordado um dia com uma dor no ombro e, aos poucos, ter sentido uma rigidez progressiva, que afetou os movimentos. Estes sintomas atestam para o que chamamos de “ombro congelado” ou “capsulite adesiva”. Comum especialmente entre as mulheres e, ainda, na faixa etária dos 40 aos 70 anos, a doença pode ter causas diversas. Por conta disso, os tratamentos também tendem a se diferenciar.

O “ombro congelado” pode ser derivado de uma lesão ou decorrente de uma cirurgia. Alguns especialistas também verificaram a relação desta patologia com o diabetes, doenças cardíacas e distúrbios psicológicos, como a depressão e a ansiedade. O certo é que, apesar de, normalmente, a rigidez no ombro ter fim com um ou dois anos, a procura por um especialista quando apresentados os sintomas, colabora – e muito – para acelerar o processo de cura e reduzir o quadro doloroso, antecipando a melhora funcional.

De forma geral, a capsulite adesiva costuma ter três fases: a primeira seria a dor inicial na região dos ombros. Na segunda fase, já se observa a rigidez e a perda dos movimentos, especialmente os de elevação anterior, rotação interna e rotação externa. Já na última fase, acontece o descongelamento, com a recuperação espontânea e progressiva dos movimentos.

Como as causas variam, para o tratamento do ombro congelado, podem ser utilizados medicamentos e técnicas diversas, como a indicação de analgésicos, anti-inflamatórios ou até antidepressivos. Mas existem casos que só se resolvem com a intervenção cirúrgica, geralmente realizada pelo método da artroscopia. A fisioterapia também é bastante recomendada, uma vez que tem ação inicial de reduzir o incômodo e, posteriormente, ajuda na recuperação dos movimentos do ombro.

Fica, assim, a recomendação de que, ao sentir uma dor nos ombros ou perceber qualquer dificuldade nos movimentos, o ideal é procurar um ortopedista, para que seja feita uma avaliação e análise do quadro, detectando a possível causa. Assim, podemos conseguir em curto espaço de tempo uma rápida recuperação e o retorno às atividades normais.

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