Provavelmente, alguns dos leitores desta coluna já devem ter sofrido da doença que irei tratar na coluna desta semana. E, às vezes, por não procurarem um especialista, não souberam ao certo o que tiveram. Podem ter acordado um dia com uma dor no ombro e, aos poucos, ter sentido uma rigidez progressiva, que afetou os movimentos. Estes sintomas atestam para o que chamamos de “ombro congelado” ou “capsulite adesiva”. Comum especialmente entre as mulheres e, ainda, na faixa etária dos 40 aos 70 anos, a doença pode ter causas diversas. Por conta disso, os tratamentos também tendem a se diferenciar.
O “ombro congelado” pode ser derivado de uma lesão ou decorrente de uma cirurgia. Alguns especialistas também verificaram a relação desta patologia com o diabetes, doenças cardíacas e distúrbios psicológicos, como a depressão e a ansiedade. O certo é que, apesar de, normalmente, a rigidez no ombro ter fim com um ou dois anos, a procura por um especialista quando apresentados os sintomas, colabora – e muito – para acelerar o processo de cura e reduzir o quadro doloroso, antecipando a melhora funcional.
De forma geral, a capsulite adesiva costuma ter três fases: a primeira seria a dor inicial na região dos ombros. Na segunda fase, já se observa a rigidez e a perda dos movimentos, especialmente os de elevação anterior, rotação interna e rotação externa. Já na última fase, acontece o descongelamento, com a recuperação espontânea e progressiva dos movimentos.
Como as causas variam, para o tratamento do ombro congelado, podem ser utilizados medicamentos e técnicas diversas, como a indicação de analgésicos, anti-inflamatórios ou até antidepressivos. Mas existem casos que só se resolvem com a intervenção cirúrgica, geralmente realizada pelo método da artroscopia. A fisioterapia também é bastante recomendada, uma vez que tem ação inicial de reduzir o incômodo e, posteriormente, ajuda na recuperação dos movimentos do ombro.
Fica, assim, a recomendação de que, ao sentir uma dor nos ombros ou perceber qualquer dificuldade nos movimentos, o ideal é procurar um ortopedista, para que seja feita uma avaliação e análise do quadro, detectando a possível causa. Assim, podemos conseguir em curto espaço de tempo uma rápida recuperação e o retorno às atividades normais.