ARTICULISTAS

Do toque de recolher ao amor exigente

exercício de escrever é semelhante ao desenrolar um novelo. Uma ideia puxa outra, que puxa outra e assim, algumas vezes, sentimo-nos compelidos a voltar a um ou outro tema sobre o qual já nos manifes

Vera Lúcia Dias
Publicado em 03/08/2018 às 10:18Atualizado em 20/12/2022 às 12:14
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O exercício de escrever é semelhante ao desenrolar um novelo. Uma ideia puxa outra, que puxa outra e assim, algumas vezes, sentimo-nos compelidos a voltar a um ou outro tema sobre o qual já nos manifestamos. Dias atrás escrevi algumas linhas referentes ao “Toque de Recolher” e, cá estou eu novamente no assunto, hoje com a tentativa de apontar uma luz no fim do túnel aos pais acometidos da dificuldade em lidar com seus filhos.   Atualmente definida como uma proposta de Qualidade de Vida, o Amor Exigente chegou ao Brasil no começo da década de oitenta com o padre jesuíta, Haroldo J. Rahm. Inicialmente voltada para pais com filhos problemáticos, hoje está ampliada para famílias que não enfrentam drogadição, mas almejam uma vivência de integridade moral e ética.   Com atuação em três frentes de trabalho distintas - Família, Escola e Comunidade - em Uberaba, o AE realiza reuniões semanais com grupos compostos de famílias. Nelas, os pais são fortalecidos em sua missão a partir, da discussão de Doze Princípios e uma rica troca de experiências.   São treinados para reconhecer sinais de riso para o uso de drogas, além de ampliarem sua compreensão acerca da tão falada questão dos limites.   Aprofundam-se nas questões culturais que dificultam a tarefa de educar. Aprendem que, pais também são gente, que seus recursos são limitados e que na hierarquia familiar, pais e filhos, não podem ocupar a mesma posição. Discutem a culpa que paralisa e impede os pais de tomarem atitudes que provocam crises, mas, mudam o comportamento dos filhos. Participando desse Grupo de Apoio, aprendem a importância da cooperação, do amor e da necessária exigência de disciplina que podem garantir a Qualidade de Vida pretendida por todos.   Além dos princípios acima mencionados, os coordenadores do Amor Exigente são regidos por princípios éticos de respeito, sigilo e fraternidade em relação aos participantes e fidelidade às normas dessa proposta. Concluindo, se todas as famílias conseguissem exercer um amor exigente e disciplinado, não seria necessário o toque de recolher.   Com a consciência de que, tal medida, por si só não previne todos os problemas, recomendo aos pais com dificuldades – e que queiram sair dessa situação - que procurem ajuda nesse respeitado Grupo de Apoio.   (*) mestre em Psicologia [email protected]

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