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Do bem e do mal

Um é o Obama (Barack) do bem; outro é Osama (Bin – ou bin – Laden) do mal.

Terezinha Hueb de Menezes
Publicado em 03/08/2018 às 10:18Atualizado em 20/12/2022 às 14:30
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Um é o Obama (Barack) do bem; outro é Osama (Bin – ou bin – Laden) do mal.   Rima perfeita: Obama/Osama. Visões opostas.   O primeiro prega a paz, a união entre os povos. O segundo semeia, por onde passa e mesmo por onde não passa, a violência. Que coincidência mais estranha: com o foco nos mesmos objetivos às avessas, a mesma época confronta homens, cujos nomes rimam entre si, mas com ideais diferentes.   Com sua eleição para Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama transformou-se em símbolo de esperança, não apenas para o país que o elegeu, mas para todo o mund queiramos ou não, os Estados Unidos representam o carro-chefe que move a economia mundial: prova disso é a crise por que passam todos os países. Por que símbolo de esperança? Trata-se de um presidente jovem, com ideias e ideais inovadores; trata-se do primeiro presidente negro a se eleger em um país que tanto fez sofrerem os negros com a discriminação. Trata-se de um homem que se inspira em dois grandes vultos da história mundial: Abraham Lincoln e Martin Luther King.   Lincoln – presidente dos Estados Unidos de 1861 a 1865 - foi um sábio e respeitado político. Em toda a sua vida, influenciou-se com as leituras bíblicas: talvez, por isso, sua retidão de caráter e grande projeção como estadista. Consta como seu o pensament “Quando pratico o bem, sinto-me bem; quando pratico o mal, sinto-me mal. Eis a minha religião.” Assassinado em 1865. E foi com a mão sobre a bíblia, utilizada por Lincoln, que Obama prestou o seu juramento.   Luther King, inovador pelos sonhos libertários e pacifistas, inspirava-se nos ideais de Ghandi. Teólogo e pastor da Igreja   Batista, pregava sempre a não-violência, posicionando-se contra a segregação racial, talvez por ter sentido na própria pele o descaso com que eram tratados os negros em seu país. É celebre seu pensament “O que me preocupa não é o grito dos violentos. É o silêncio dos bons.” Foi assassinado em 1968, tendo antes, em 1964, recebido o Prêmio Nobel da Paz.   O pensamento que me fica: outros presidentes americanos davam-nos a impressão de semideuses, quase inatingíveis; com Obama, temos a sensação de estar diante de um estadista de carne e osso, como poderia ser qualquer homem comum, branco, negro, amarelo ou de outra cor.   O mundo aguarda muito dele e de suas atitudes. As nações sofridas por carências de toda sorte confiam em seus ideais libertários e esperam não se decepcionar.   Desde a criação, lutam as forças do bem contra as do mal: que Barack Obama consiga, no país que o elegeu, com reflexos para todo o mundo, ser de fato símbolo da esperança de uma realidade possível – com a vitória do bem -, para que os seres humanos se enxerguem gente que se quer respeitada e ouvida, e, não, meros elementos numéricos, instrumentalizados e descartáveis.   (*) educadora do Colégio Nossa Senhora das Graças e membro da Academia de Letras do Triângulo Mineiro [email protected] Terezinha Hueb escreve aos sábados neste espaço  

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