Caro amigo leitor, conforme prometido na semana passada, nada daquele chavão já conhecido. Vamos direto ao assunto, dizendo o que precisa ser dito.
Já estamos em período eleitoral, muitos políticos começando a colocar o bloco na rua. Domingo passado, na praça do Mercadão Municipal, dava gosto de ver. Vários candidatos circulando no meio do povão, era só alegria, sorriso estampado, tapinhas nas costas, aperto de mãos, com aquela lorota de sempre: e aí, como vai, doutor? Faz tempo que não te vejo, só te vejo no jornal e na televisão, tenho acompanhado o seu sucesso, tenho lido sua coluna no Jornal da Manhã, não perco uma, sou seu fã, etc. e etc.!!!
Como bom cidadão, escuto tudo caladinho, respondo aos cumprimentos, agradeço os “elogios”, e sigo o meu caminho.
Todavia, o discurso que todo cidadão de bem e do bem, honesto, ético e comprometido com a verdade, que gostaria de ouvir, acaba não ouvindo de ninguém. Repit o verdadeiro discurso, a verdadeira plataforma de governo, nenhum deles irá pregar de forma honesta e transparente.
O verdadeiro discurso não dá voto, pelo contrário, espanta o eleitorado e causa mal-estar entre os próprios políticos.
Ninguém, em sã consciência, vê um futuro pródigo para os próximos anos; digo mais, o verdadeiro cego é aquele que enxerga e compreende a real situação, mas não tem coragem de dizer a verdade. É o que ocorre com os nossos políticos.
Nos dois mandatos dos tucanos – FHC, 1994/2002 –, qual foi a grande reforma feita pelo sociólogo? No início dos dois tinha clima político, mas nada fez. No mesmo sentido, Lula, 2003/2011, em plena crista da onda, surfando em plena calmaria, tudo conspirando em seu favor, tudo, tudo e tudo. Era o “homem”, fazia até chover. Qual a reforma feita? Nenhuma!! Esse foi o grande pecado do Lula, entre os grandes males da corrupção.
Acredito e penso que nenhum ex-presidente teve as oportunidades para grandes mudanças como o Lula; daí a minha irresignação com PeTralha mor, pois marquei meu voto em todas as eleições que disputou.
Veio a gerentona Dilma, na mesma toada do Lula, o jogo do empurra-empurra, corrupção, etc.; uma base aliada nos últimos anos que deveria ser denominada de quadrilha.
Sem querer ser pessimista, mas já sendo, não tenho dúvida nenhuma de que quem vier a ser o vencedor, nada mudará. O discurso da verdade é o da derrota; não vamos ver o discurso da moralidade, dos ajustes necessários para que o país possa caminhar. O verdadeiro comprometimento com a educação, saúde, segurança, infraestrutura, entre outros, serão objetos da balbúrdia, troca de favores e esquecimento.
Estou pregando o caos? De forma alguma. É a sociedade organizada que terá que crescer em todos os sentidos, principalmente no campo político, pressionando os nossos governantes para as grande reformas.