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Data venia, doutorrrr!

Caro amigo leitor, aqui estou novamente. Olha, não tem sido nada fácil escrever neste espaço

Leuces Teixeira
Publicado em 06/11/2014 às 20:34Atualizado em 17/12/2022 às 02:51
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Caro amigo leitor, aqui estou novamente. Olha, não tem sido nada fácil escrever neste espaço sem mencionar algumas estripulia$ dos PeTralhas; toda semana tem um disse me disse, um fato novo envolvendo algum companheiro.

Todavia, hoje quero mencionar e comentar o fato envolvendo um juiz de Direito no Estado do Rio de Janeiro, salvo engano, e que foi parado numa blitz rotineira, onde todos os mortais têm que obedecer quando ordenado o pare. Vale para todos indistintamente.

Pelo que li e ouvi, parece que ocorreu um “erro” de comunicação por parte do agente estatal, que disse para a douta autoridade que, naquele momento, todos são iguais perante a lei; disse mais, pelo que entendi: ninguém é mais importante que o outro. Ah!, o caldo entornou; o ilustre magistrado sentiu-se ofendido diante da tratativa dispensada. Daí, o que ocorreu?

Sua Excelência entrou com um pedido de reparação na Justiça, arguindo que foi ofendido, sabe-se lá qual a razão.

O certo é que o pedido foi julgado procedente. E pelo andar da carruagem, caso não ocorra nenhum fato novo, pode ocorrer que as superiores instâncias confirmem o que foi decidido.

A minha indignação ocorre que, vira e mexe, de tempos em tempos, nos deparamos com algum fato dessa natureza. Repit pelo que li e ouvi, fatos semelhantes não deveriam ocorrer. Digo mais, a verdadeira autoridade, aquela com “A” – maiúsculo –, diante de um fato como o ocorrido, a meu ver, sob minha ótica, deveria ter um comportamento no sentido de sensibilizar o agente estatal, por pior que seja seu erro, que não se comportou devidamente e, naquele momento, fazer com que o mesmo sentisse a falta de preparo diante de qualquer Autoridade.

Agir como agiu, repito, não concordo! Quero dizer mais: querendo mostrar sua “autoridade”, sua excelência baixou sua Autoridade ao nível do servidor que agiu com falta de decoro. Se é que o agente fiscalizador o tratou com desídia e desfaçatez. Comparo essa atitude do magistrado com uma máxima que meu avô dizia: um tiro de canhão para abater um pardal! - sem querer, uma vez mais, desmerecer o servidor que atuava na blitz.

A psicologia explica tal comportamento, ops!, estou argumentando com a psicologia do homem do povo. Respeito e tenho a maior deferência pelos estudiosos do assunto; sou advogado, aliás, também, um neófito neste sentir.

Para arrematar, não requerendo e já querendo colocar lenha na fogueira, pois entendo que o assunto vai render; quando se trata de autoridade – alguns dizem “otoridade” –, alguns se intitulam como demiurgo. O que é demiurgo? Vou responder: uma figura muito interessante, que detém plenos poderes de intermediar nossa comunicação – terráqueos, de carne e osso – com a Douta Autoridade Divina (Pai Eterno).

Agora, arremato de verdade: caldo de galinha e prudência não fazem mal a ninguém; nem aos demiurgos! Não fique zangado e não faça beicinho! Doutorrrr, lá, no Rio de Janeiro, eles pronunciam assim: doutorrrr!!! – entendeu?

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