Buscar a vida em grupo é uma característica bem interessante nos seres humanos, porque, apesar de sabermos que precisamos uns dos outros para sobreviver, ainda negligenciamos muito as habilidades sociais necessárias para um convívio mais pacífico e produtivo.
Observe que, tanto no seio familiar ou no ambiente profissional, você faz parte de uma equipe, e, queira ou não, a sua felicidade e o seu sucesso dependem primordialmente da forma como você trata as pessoas à sua volta. A vida em família ou o trabalho em grupo são verdadeiras escolas para a sua alma, porque é nestes cenários que você aprende a respeitar as diferenças e a florescer suas mais nobres virtudes: amor incondicional, paciência, compaixão, perseverança, apreciação, comprometimento, e tantas outras.
Por isso, esteja você, hoje, em posição de liderança ou não, sua vida pode melhorar muito se você aprender a criticar menos e a valorizar mais aqueles que integram o seu viver. Defeitos ainda fazem parte da natureza humana, entretanto, grandes realizações podem acontecer quando cada pessoa aprende a valorizar os seus pontos fortes e os daqueles que lhes são companheiros nessa jornada, incentivando-os à reforma positiva de sua conduta e ao fortalecimento de seus ideais.
Finalizando, um conto para demonstrar que, apesar das falhas que precisamos corrigir, somos, mesmo assim, muito importantes para as conquistas às quais nos propomos: “Conta-se que em uma carpintaria houve uma vez uma estranha assembleia. Foi uma reunião das ferramentas para acertar suas diferenças. O martelo exerceu a presidência, mas os participantes lhe notificaram que teria que renunciar, porque ele fazia demasiado barulho e, além do mais, passava todo o tempo golpeando. O martelo aceitou sua culpa, mas pediu que também fosse expulso o parafuso, dizendo que ele dava muitas voltas para conseguir algo. Diante do ataque, o parafuso concordou, mas, por sua vez, pediu a expulsão da lixa. Dizia que ela era muito áspera no tratamento com os demais. A lixa acatou, com a condição de que se expulsasse a trena, que sempre media os outros segundo a sua medida, como se fora a única perfeita. Nesse momento entrou o carpinteiro, juntou o material e iniciou o seu trabalho. Utilizou o martelo, a lixa, a trena e o parafuso. Finalmente, a rústica madeira se converteu num fino móvel. Quando a carpintaria ficou novamente só, a assembleia reativou a discussão. Foi então que o serrote tomou a palavra e disse: ‘Senhores, ficou demonstrado que temos defeitos, mas o carpinteiro trabalha com nossas qualidades, com nossos pontos valiosos. Assim, não pensemos em nossos pontos fracos, e concentremo-nos em nossos pontos fortes’. Então, a assembleia entendeu que o martelo era forte, o parafuso unia e dava força, a lixa era especial para limar e afinar asperezas e a trena era precisa e exata. Sentiram-se, assim, como uma equipe capaz de produzir móveis de qualidade. E muita alegria sentiram pela oportunidade de trabalhar juntos”.
(*) palestrante; apresentadora de TV e rádio e autora de livros motivacionais