Como escrever um livro?

Um amigo me perguntou: “Como faço para escrever um livro? Tenho a ideia e o desejo, mas não sei como começar. Você me ajuda?” Me ofereci de pronto.

Para ficar mais fácil busquei na Lei de Analogia um recurso que o meu amigo poderia usar sem nenhuma dificuldade: o básico você já tem, eu disse, que são a ideia e o desejo. Agora junte-os à decisão e, feito uma criança que vai pular corda, olhe firmemente para ela acompanhando os seus movimentos circulares. Depois de alguns giros da corda ocorrerá um instante em que você decide pular. E começa!

Assim é o livro. Escrever e coçar é só começar. Depois de iniciado é como se fosse um novelo de linha em que, ao puxar a ponta, sempre surgem novas motivações. As técnicas e metodologias acadêmicas são valiosas para a concepção de uma frase, texto ou livro, mas o meu amigo, não dispondo de tempo para conhecê-las, preferiu o caminho do autodidatismo.

Mire-se no exemplo do nosso ícone literário e autodidata Machado de Assis, que nunca foi à universidade, assim lhe pontuei. E o novel escritor se enveredou pelas letras escrevendo a sua obra que vai longe.

Trata-se da autobiografia do amigo que, nos entremeios, está uma queda que sofreu da laje de um prédio situada a dez metros de altura. Poderia ter morrido ou ficado inválido, mas o destino lhe deu uma segunda chance e hoje, passados dez meses está de pé e andando normalmente.

Dei-lhe de presente uma bengala, em cuja face metálica cilíndrica foi gravada a mensagem de que; por trás de um acidente estão sábios aprendizados.

E o livro, que está sendo escrito por um não escritor, terá muito a nos oferecer.