Eis o quarto verso de uma das trovas que, em seguida, transcreverei, colocando-o por título, sem me deter em notícia biográfica, depois de cada autor citado, a fim de que venhamos a fruir
Eis o quarto verso de uma das trovas que, em seguida, transcreverei, colocando-o por título, sem me deter em notícia biográfica, depois de cada autor citado, a fim de que venhamos a fruir toda a beleza que promana de todas elas, induzindo-nos à prática do bem e do perdão incondicional.
“O que trabalha sorrindo, / Para o bem da humanidade, / Vai, sem saber, esculpindo / Seu nome na eternidade.” — Aparício Fernandes
“Na vida aprendi que a vida / Nenhuma beleza tem, / Se não é vida vivida / Em prol da vida de alguém.” — Manoel Sobrinho
“Quando um gênio baixa à campa, / Embora seja obscuro, / Concentra em si tanta força / Que vai viver no futuro.” — Melo Morais Filho
“Tem paciência! Perdoa / a quem dano de causar. / A própria dor, que magoa, / pode, também, consolar...” — Mário Coelho
“Não há criança vadia...
/ E as que esmolam a teus pés
são anjos que Deus envia /
para saber quem tu és.” — Roberto Medeiros
“Nada de queixa ou lamúria, / nem te rendas ao rancor. / Por mais que te ofenda a injúria, / perdoa ao teu ofensor!” — Paula Faria
Para concluir este modesto estudo sobre as trovas, vejamos algumas quadras do Espírito de Casimiro Cunha (nascido e desencarnado em Vassouras, RJ, respectivamente, em 1880 e 1914), com apenas o curso primário, tendo ficado cego aos 16 anos, que se encontram no Parnaso de Além-Túmulo, primeiro livro da extensa e fecunda bibliografia mediúnica de Chico Xavier, contendo, na segunda edição, de 1935, depois do prefácio de Manuel Quintão, de “Palavras minhas”, do médium Xavier, e a página “De pé, os mortos!”, de Humberto de Campos (Espírito):
“Dobram sinos a finados, / Com mágoa e desolação... / Porque não sabem que a morte / É a nossa libertação.
A palavra que reténs / É tua serva querida, / Mas aquela que te foge / É dona da tua vida.
Quem tem a flor da humildade, / Medrando no coração, / Tem o jardim das virtudes / Da suprema perfeição.”
Esperamos que o leitor percorra as páginas de Gotas de Luz, livro no qual há quadras belíssimas do poeta vassourense, também recebidas pelo médium Xavier, em 1953.
(*) Clínico geral e psiquiatra