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Apesar de liderança em bilheteria nacional "Órfã 2 - A Origem" não supre expectativas

Bruno Campos
Publicado em 20/09/2022 às 11:09Atualizado em 18/12/2022 às 02:24
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*O texto contém alguns spoilers dos filmes

'Órfã 2 - A Origem' está em cartaz nos cinemas | Fot Diamond Films/Divulgação

Treze anos. Este é o tempo entre o primeiro filme "A Órfã" (2009) e seu prelúdio, recém chegado no Brasil e que encabeçou a maior bilheteria em seu fim de semana de estreia. Na primeira trama o público é surpreendido com a história da "jovem" e psicótica Leena Klammer, interpretada por Isabelle Fuhrman, uma assassina que se esconde atrás da imagem de uma inocente criança de 9 anos. O mais recente dos longas vem para tapar alguns buracos, sanar algumas dúvidas, mas passa longe de ter o mesmo impacto que o primeiro filme.

Apesar do jogo de câmera e efeitos especiais, os 13 anos entre um filme e outro não convencém quanto a idade da personagem | Fot Divulgação/Diamond Films

Na nova produção, como o próprio nome confessa, a origem da personagem é descortinada ao público e podemos acompanhar desde a fuga de Leena, considerada a paciente mais perigosa do Instituto Saarne, clínica psiquiátrica onde está internada na Estônia, até sua chegada e os motivos que a fizeram estar no Estados Unidos. Sob a pele de Esther, filha desaparecida da família Albright, a fugitiva, que possui uma rara condição hormonal, se vê extremamente envolvida, seja pelo sentimento amoroso desenvolvido pelo pai ou mesmo pela teia de segredos da mãe.

 Leena Klammer, interpretada por Isabelle Fuhrman | Fot Divulgação/Diamond Films

O telespectador que for aos cinemas para assistir "Órfã 2 - A Origem" precisa chegar sem muitas expectativas. A trama até que se desenrola bem, mas se torna maçante em alguns pontos. Mas como nem só de pontos ruins se faz o longa, é preciso ressaltar a brilhante sacada do plot twist e a atuação impecável de Julia Stiles, sob o papel da matriarca Tricia Albright.

O filme subestima o telespectador que se pergunta “é sério isso?” em vários pontos de sua 1 hora e meia de duração. Talvez por ser um grande entusiasta do primeiro filme, o maior erro foi ir ao cinema com altas expectativas sobre um filme de terror que economiza (muito) nas cenas sangrentas e supervaloriza os momentos de absurdo e de desconexão. Quem se aventurar a encarar a produção dirigida por William Brent Bell e com roteiro de David Coggeshall, precisa o fazer com o “cérebro desligado”, sem pensar muito a respeito. O filme entretém, mas não é excitante.

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