SENTINELA

Tragédia em escola de Uberaba exige empatia, diálogo e responsabilidade coletiva

Carlos Paiva
Carlos Paiva
Publicado em 08/05/2025 às 19:50
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As fake news
A tragédia ocorrida em Uberaba, com a perda brutal de uma aluna do 9º ano do Colégio Livre Aprender, em um ataque dentro de sala de aula, exige reflexão profunda, responsabilidade e, sobretudo, empatia. É lamentável que, diante de um acontecimento tão doloroso, algumas pessoas se apressem a emitir julgamentos rasos, teorias infundadas e comentários desrespeitosos, completamente desconectados da realidade dos fatos. Transformar a dor alheia em palco para discursos inflamados e sem base é desumano e nada contribui para a construção de soluções reais.

Diálogo e cooperação
Esse episódio reforça a urgência de compreendermos que a educação de uma criança ou de um adolescente não pode – e não deve – ser terceirizada à escola. A escola é um espaço essencial de transmissão de conhecimento, de convívio e de formação crítica, mas os valores, o senso de responsabilidade, os limites e a construção emocional vêm, em sua base, do lar. Quando escola e família caminham juntas, com diálogo e cooperação, formamos não apenas bons alunos, mas cidadãos e cidadãs íntegros, conscientes e empáticos.

Responsabilidade coletiva 
Responsabilizar isoladamente a instituição escolar por um problema tão complexo e multifatorial é não só injusto, como ineficaz. A sociedade precisa olhar para essa tragédia com seriedade, responsabilidade coletiva e comprometimento com a escuta, o cuidado e a prevenção – e não com julgamentos simplistas e ofensivos que nada explicam e apenas aprofundam a dor. É hora de acolher, refletir e agir com maturidade.

Policiais penais presos
Dois policiais penais, de 31 e 41 anos, foram presos na noite de quarta-feira (7), após provocarem uma grave ocorrência na rua Sacramento, no bairro São Benedito, em Uberaba. Os dois estavam embriagados, armados e protagonizaram momentos de pânico entre moradores, incluindo um adolescente de 12 anos e sua família, a quem dirigiram ofensas e ameaças com armas de fogo.

Agressivos e ofensivos
Segundo apurou SENTINELA, os policiais penais chegaram em um veículo Astra branco e abordaram, de forma agressiva e ofensiva, moradores que conversavam em frente à residência. A situação rapidamente escalou quando um dos policiais penais desceu do carro, afirmando estar armado e que “a cara de todo mundo estava marcada”. Um deles chegou a sacar uma pistola e disparar dois tiros – um para o chão e outro para o alto –, o que provocou correria e desespero.

Tumulto e confronto 
Em meio ao tumulto, houve confronto com os moradores, inclusive com o uso de pedaços de pau para tentar conter os agressores (policiais penais). Após fugirem do local, os policiais penais surpreenderam ao retornar momentos depois. A Polícia Militar, que já havia sido acionada e reforçada, tentou efetuar a prisão dos dois, que resistiram, recusando-se a se identificarem e ofenderam os militares com xingamentos, afirmando que “polícia não se rende para polícia”.

Ação preventiva 
Diante da resistência, a Polícia Militar precisou agir com firmeza. Um dos policiais penais foi baleado na perna como medida preventiva, sendo imediatamente socorrido e levado ao pronto-socorro do Hospital de Clínicas da UFTM, onde permanece sob escolta.

Eficiência e paciência 
A ação da Polícia Militar foi marcada por firmeza, paciência e eficiência, evitando que a ocorrência – que reunia todos os ingredientes para terminar em tragédia – tomasse proporções ainda mais graves. A atuação controlada dos militares impediu que o comportamento irresponsável, arrogante, hostil e prepotente dos policiais penais resultasse em consequências fatais.

Providências pertinentes 
A perícia técnica da Polícia Civil esteve no local e o veículo Vectra, bem como as armas de fogo envolvidas foram apreendidos. Uma equipe da Polícia Penal também acompanhou o caso e conduziu o segundo envolvido à Delegacia de Plantão da Polícia Civil para as providências pertinentes.

Opinião...
O episódio envolvendo dois policiais penais em Uberaba revela a urgência de políticas mais rigorosas para coibir abusos cometidos por agentes públicos fora do exercício legal da função. O uso de armas e da autoridade institucional sob efeito de álcool, aliado a um comportamento violento e homofóbico, é alarmante e inaceitável. A tentativa de se valer do cargo para evitar a prisão, além de ofender outros agentes da lei, agrava a situação e expõe uma cultura corporativista perigosa, onde alguns ainda acreditam estar acima da lei. Casos como este devem ser investigados com transparência e rigor e punidos exemplarmente, para restaurar a confiança da população nas instituições de segurança pública.

Furto na Codau
Na quarta-feira (7), um funcionário da Codau, de 50 anos, foi preso após ser flagrado com peças de cobre furtadas do sistema de mangueiras de incêndio da autarquia, localizada no bairro Boa Vista, em Uberaba. A Polícia Militar foi acionada após o relato do desaparecimento dos itens por parte da coordenadora da unidade.

Testemunho e investigação
Uma testemunha relatou à polícia que viu o encanador recolhendo materiais do lixo da empresa no dia anterior. Pela manhã, ao verificar o conteúdo, percebeu que havia pedaços de mangueira semelhantes aos equipamentos furtados. O suspeito foi localizado e confessou o crime, alegando vício em álcool como motivação.

Confissão e consequências
O material furtado foi encontrado enrolado em uma camiseta, no armário pessoal do encanador. Funcionário da Codau há 25 anos e morador da Vila Arquelau, ele disse que venderia o cobre por cerca de R$18 o quilo. O homem foi preso em flagrante e levado à delegacia. A Codau ainda não se pronunciou oficialmente.

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