SENTINELA

MTST incentiva invasão de casas no Alfredo Freire 4, em Uberaba

Carlos Paiva
Carlos Paiva
Publicado em 23/04/2025 às 19:58
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Invasão criminosa
O que se vê no Conjunto Alfredo Freire 4 não é um grito por moradia, mas sim a institucionalização do crime, travestido de movimento social. As 540 casas, fruto do programa Minha Casa Minha Vida, não estão abandonadas: encontram-se na fase final de regularização, com a seleção concluída e as chaves prestes a serem entregues. A única pendência é a conclusão do processo pela Caixa Econômica Federal.

Tática desumana e covarde
Os invasores, no entanto, não quiseram esperar. Liderados por integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) – que, inclusive, se vangloriam publicamente de um “currículo” de invasões –, o grupo agora convoca qualquer pessoa a ocupar os imóveis, com ou sem cadastro no programa. Pior ainda: está incentivando famílias com crianças a participar, usando os menores como escudo contra ações policiais – uma tática desumana e covarde, que coloca vidas inocentes em risco.

Tapa na cara
Há relatos de pessoas vindas de outras cidades apenas para invadirem e depois “venderem o direito” de permanecerem na casa. Isso não é luta por moradia – é mercado negro de invasão. É crime. E, acima de tudo, é um tapa na cara de quem esperou por anos, enfrentou burocracia, filas e análises para conquistar o sonho da casa própria.

Lucro com a desordem
Se a ocupação continuar, o prejuízo será duplo: para a União, representada pela Caixa, que terá de reiniciar processos e obras, e para o cidadão de bem, que seguirá aguardando enquanto outros tentam tomar à força aquilo que não lhes pertence. É hora de separar os que realmente lutam por direitos daqueles que se aproveitam da causa para lucrarem com a desordem.

Assalto na igreja
Homem de 45 anos foi preso em flagrante após assaltar duas idosas dentro da igreja São Domingos, em Uberaba, na noite de terça-feira (22). Armado com uma faca, ele roubou bolsa, celular, documentos e cartões. O criminoso, que cumpre prisão domiciliar com tornozeleira eletrônica e possui histórico de delitos, fugiu para uma área de mata, mas foi localizado e confessou o crime. Os pertences foram recuperados.

Ambiente religioso violado
O assalto dentro de uma igreja, local tradicionalmente associado à paz e à segurança, chama atenção e evidencia a vulnerabilidade até mesmo dos espaços sagrados diante da criminalidade urbana.

Falhas na prisão domiciliar
O fato de o suspeito estar usando tornozeleira eletrônica e mesmo assim praticar novos crimes levanta sérias dúvidas sobre a eficácia do monitoramento de detentos. A reincidência de condenados revela a necessidade urgente de revisão dos critérios e da fiscalização dessas medidas.

Ação rápida da polícia
A pronta resposta da Polícia Militar foi crucial para a prisão do autor e a recuperação dos bens. O caso demonstra a importância da agilidade nas denúncias e da atuação coordenada das forças de segurança em flagrantes.

Fraude no INSS afeta uberabenses
A operação deflagrada ontem (23) pela Polícia Federal e pela Controladoria-Geral da União (CGU) revela uma verdade incômoda: o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) foi palco de um esquema criminoso que drenou bilhões dos cofres públicos – e, pior, do bolso dos brasileiros mais vulneráveis: aposentados e pensionistas. O valor desviado, que agora deverá ser restituído, certamente sairá dos nossos bolsos.

Rombo bilionário
O prejuízo estimado em R$6,3 bilhões, entre 2019 e 2024, vai muito além de números frios: escancara o desprezo de certos sindicatos, associações e servidores públicos pela dignidade do cidadão idoso. A fraude consistia na aplicação de descontos mensais indevidos nos benefícios previdenciários, sem autorização, contrapartida ou justificativa — exceto a ganância.

A SENTINELA já alertava...
Leitores da Sentinela e ouvintes do programa homônimo na Rádio JM não foram pegos de surpresa. Por diversas vezes, os canais denunciaram o esquema, prestaram serviço público e ajudaram cidadãos a reaver valores subtraídos indevidamente. A imprensa cumpriu seu papel. E as autoridades? O que fizeram, durante cinco longos anos, aqueles que agora – tardiamente – começam a agir?

Afastamentos e sequestro de bens
O afastamento de seis servidores públicos, aliado ao sequestro de bens adquiridos com o dinheiro do crime – incluindo imóveis, veículos, joias e artigos de luxo –, representa apenas o início. O envolvimento do próprio presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, eleva o escândalo ao mais alto nível da hierarquia institucional e exige uma resposta firme do Estado.

É hora de responsabilizar
Medidas pontuais não bastam. É necessário um movimento político, jurídico e social para reconstruir a credibilidade do INSS, responsabilizar criminalmente os envolvidos e, acima de tudo, proteger os segurados contra novas investidas. A impunidade não pode continuar sendo a regra.

O inferno...
Enquanto o Estado falha em oferecer proteção mínima contra fraudes sistêmicas, o recado é claro e alarmante: o Brasil segue sendo um paraíso para corruptos – e um verdadeiro inferno para seus aposentados.

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