SEMANA DO GÁS

Gas Bridge inicia importação de gás da reserva de Vaca Muerta para o Brasil

Marconi Lima
Marconi Lima
Publicado em 26/04/2025 às 13:01Atualizado em 26/04/2025 às 13:02
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Novas operações com gás de Vaca Muerta, anunciadas recentemente, são mais um avanço viabilizado pelo MME para garantir suprimento competitivo e integração regional (foto/GÁS/Currahee Shutter/Getty Images)

Novas operações com gás de Vaca Muerta, anunciadas recentemente, são mais um avanço viabilizado pelo MME para garantir suprimento competitivo e integração regional (foto/GÁS/Currahee Shutter/Getty Images)

Operação
O Ministério de Minas e Energia (MME), por meio do programa Gás para Empregar, anunciou mais uma operação para o setor. A Gas Bridge Comercializadora (GBC), afiliada da argentina Pluspetrol, iniciou a importação de gás da formação de Vaca Muerta, uma das maiores reservas não convencionais do mundo.

Integração
A nova remessa marca a quarta operação do tipo anunciada este ano, reforçando a crescente integração energética entre Brasil e Argentina. Além da GBC, já realizaram importações em 2025 as empresas Edge Energy, Matrix Energia e MGas, utilizando rotas semelhantes via Bolívia.

Importante
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, destacou a importância estratégica dessas iniciativas. “O Gás para Empregar é a espinha dorsal da nossa política para garantir gás natural competitivo ao povo brasileiro e à nossa indústria. Com o apoio técnico e institucional do MME, estamos diversificando a oferta, estruturando rotas de suprimento, reduzindo custos e ampliando a segurança energética nacional”, afirmou.

Reindustrialização
Além de fortalecer a segurança energética, a ampliação das importações sul-americanas de gás contribui para a reindustrialização do Brasil, atraindo novos investimentos e gerando empregos — pilares do programa Gás para Empregar.

Garantia
“Nosso objetivo é garantir gás para todos os brasileiros — com previsibilidade, segurança jurídica e preço justo. Esse movimento de integração regional mostra que estamos no caminho certo para transformar o gás natural em vetor de desenvolvimento econômico e social”, disse o ministro Alexandre Silveira.

Data Centers
A agência Eixos destacou que as distribuidoras de gás do Nordeste — Potigás, Bahiagás, Algás, Cegás, Copergás, PBGás e Sergás — enviaram uma carta conjunta ao Ministério de Minas e Energia (MME) solicitando a inclusão do gás natural e do biometano em uma política para data centers, no Norte e Nordeste.

Desenho
O grupo cita a edição de um decreto que estaria sendo desenhado pelo MME, de estímulo a energias renováveis para abastecimento de data centers. Entretanto, a pasta não anunciou oficialmente a existência desse decreto. A reivindicação foi formalizada durante reunião do Consórcio Nordeste realizada na última semana em Salvador, Bahia.

Marco legal
A Eixos ainda destacou que o governo, por meio dos ministérios de Minas e Energia, da Fazenda e da Indústria e Comércio, trabalhava na construção de um marco legal com o objetivo de atrair a instalação de centros de dados no país.

Medidas
Entre as medidas discutidas estavam a redução de custos de investimento e operação, visto que países vizinhos como a Argentina e o Chile possuem custos mais baixos que o Brasil, o aumento da segurança no fornecimento de energia e a ampliação da oferta e do acesso à energia renovável, como eólica e solar.

Comprometimento
No entanto, as distribuidoras de gás argumentam que essas fontes são intermitentes e podem comprometer a estabilidade do fornecimento energético. 

Equilíbrio
Durante pronunciamento em Plenário, o senador Plínio Valério (PSDB-AM) cobrou mais equilíbrio na destinação de recursos para pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD&I) no setor de petróleo e gás. 

Projeto
Valério é autor do Projeto de Lei 5.066/2020, que determina que repasses da Cláusula de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação — prevista nos contratos de produção entre a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Combustíveis (ANP) e as operadoras — sejam distribuídos entre universidades e centros de pesquisa de todo o país, de tal forma que cada região receba, no mínimo, 10% deles, com garantia de recursos para projetos já contratados ou iniciados.

Pronto
O texto está pronto para deliberação em Plenário, mas teve votação adiada após acordo com o relator, senador Chico Rodrigues (PSB-RR), e interlocução com o governo.

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