REGINALDO LEITE

# 4 – GP do Bahrein – A segunda vitória do Ice Man II

Reginaldo Baleia Leite
Reginaldo Leite
Publicado em 15/04/2025 às 07:59
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Norris parabeniza seu companheiro de equipe Piastri(Com capacete) (Foto/Reprodução)

Norris parabeniza seu companheiro de equipe Piastri(Com capacete) (Foto/Reprodução)

Oscar Piastri venceu com autoridade a etapa barenita, não dando chances aos seus oponentes. Apesar de mais uma corrida sem disputa pela ponta, finalmente assistimos a uma prova decente, com muitas batalhas e variáveis em quase todas as posições. Após mais essa vitória, o australiano é agora o vice-líder do Mundial, apenas três pontos atrás do companheiro de equipe, Lando Norris. 

Surpresas. Antes da classificação, todos esperavam uma primeira fila da McLaren. Piastri liderou os três segmentos, enquanto Norris, estranhamente, não foi bem — conquistando apenas o sexto lugar. Algo inesperado. Desta vez, as surpresas foram a Alpine de Gasly (5º) e a Williams de Sainz Jr. (8º). Max foi apenas o 7º, e Hamilton o 9º. Já Russell ficou em segundo, com Leclerc em terceiro. Kimi Antonelli conseguiu o quarto posto. 

Horas depois, no entanto, os dois carros da Mercedes foram penalizados. Russell caiu para terceiro, e Antonelli para quinto. Com isso, Gasly subiu para a segunda fila e Leclerc herdou a primeira fila ao lado de Piastri. 

Solitário. Na largada, Piastri e Russell disputaram intensamente a freada da primeira curva. O australiano levou a melhor e impôs seu ritmo, liderando de ponta a ponta. Ainda cravou a volta mais rápida da corrida. Norris, diferente das provas anteriores, fez uma largada excelente, pulando de sexto para terceiro. Leclerc, com pneus médios, perdeu duas posições antes mesmo do fim da primeira volta. 

Zicado. Não era o dia de Norris. Apesar da boa largada, recebeu uma penalidade de cinco segundos por posicionar seu carro fora do lugar correto no grid. A punição impediu a dobradinha da equipe laranja. Ainda assim, após muita luta, Norris conseguiu o terceiro lugar. A turma da maldade já o apelidou de “Dando Mollis”, em vez de Lando Norris… 

Lutador. George Russell fez um excelente trabalho desde a classificação e conseguiu conter o avanço de Norris, garantindo o segundo lugar no pódio. O inglês da Mercedes ainda enfrentou um problema incomum na categoria: uma falha no transponder de seu carro e, para completar, uma pane no sistema do DRS, que abria de forma errada. Leclerc também sofreu com o mesmo problema. 

Ferrari e a estratégia duvidosa. Leclerc e Hamilton sofreram no início por estarem com pneus médios. Com o desenrolar da prova, porém, ganharam ritmo, enquanto os que largaram com pneus macios enfrentavam desgaste. Leclerc e Norris protagonizaram uma bela disputa no terço final. O monegasco terminou em quarto, com pneus duros. Norris e Piastri estavam de médios, e Russell de macios. 

Mais uma vez, a Ferrari apostou em uma estratégia, digamos, questionável. Colocar médios nos dois carros logo de cara — especialmente em Leclerc, que largava na primeira fila e pelo lado sujo — foi um movimento difícil de entender. Hamilton, que largou em nono, terminou em quinto, a 29 segundos do líder, também com pneus duros no último stint. 

Touro fraco. A Red Bull viveu uma etapa bem diferente das anteriores. Em nenhum momento flertou com as primeiras posições. Max terminou apenas em sexto, após muita luta com carros como Alpine e Haas, entre outras equipes medianas. Tsunoda, por sua vez, conseguiu marcar pontos com o nono lugar — a primeira vez no ano em que o segundo carro da equipe pontua. Nem lembramos mais quando isso aconteceu pela última vez. 

As nanicas. Gasly (Alpine) terminou em sétimo — um resultado excelente, considerando o desempenho da equipe até agora. Ocon, com a Haas, foi o oitavo, após largar de 14º. Bearman largou da última posição e ainda conseguiu um ponto com o 10º lugar. Já Williams, Aston Martin, Racing Bulls e Sauber ficaram fora da zona de pontuação. 

McLaren em xeque. Não restam dúvidas: a McLaren tem o carro que deve levar um de seus pilotos ao título mundial. A pergunta é: qual deles? E o pior é que a equipe já demonstrou, no ano passado, que não sabe lidar com essa situação. Dois pilotos lutando diretamente pelo campeonato exige pulso firme, algo que parece faltar por lá. Logo, a aparente amizade entre Norris e Piastri pode se transformar em inimizade. 

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