REGINALDO LEITE

#22 - GP de Abu Dhabi - O vice duplo dos vermelhos

Reginaldo Baleia Leite
Reginaldo Baleia Leite
Publicado em 25/11/2022 às 15:28Atualizado em 15/12/2022 às 22:57
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As posições do pódio de Abu Dhabi coincidem com a tabela final do campeonato

Na última etapa do calendário 2022, novamente vemos outra vitória de Max, e com direito a nova quebra de recorde, a de maior número de vitórias numa única temporada. Agora ele soma 15 vitórias contra 14 do recorde anterior dele mesmo, obtido no México. Enfim, vimos outro fim de semana arrasador da dupla Max/RB 18.

Na luta pelo vice, Charles Leclerc levou a melhor com a tática de somente uma parada. Mérito da equipe pela estratégia e também do piloto por conseguir levar o carro até o final. Já a Ferrari, depois das novas diretrizes técnicas implantadas no GP Bélgica, se tornou uma devoradora de pneus. Perez é um bom piloto, porém não tem a equipe a seu favor, assim como o monegasco, já que somente agora as duas equipes trabalharam por eles.

Lembrando que, no início do ano, quando o carro estava muito acima do peso, ele conseguiu se dar bem. Com o desenvolvimento do carro, que é pensado para Verstappen, a situação mudou.

Fogo amigo. Leclerc também sofre do fogo amigo. As estratégias erradas ou absurdas da equipe normalmente são usadas com ele. A equipe normalmente favorece o espanhol, mas este foi traído pela falta de sorte esse ano. Santander de olho. Segundo a rádio paddock: Leclerc e Binotto atualmente não se falam. Clima tenso. Os erros com o monegasco foram frequentes. E o Santander agradece.

Início. Nos treinos da sexta-feira, o TL1 terminou com as duas Mercedes na ponta. O que fez alguns pensarem que a equipe alemã realmente havia se achado, após o GP do Brasil. Porém, no TL2, já vimos Max liderar. E no primeiro treino de sábado, as RB18 dominaram com Checo e Max. Mas Russell e Lewis vinham na sequência P3 e P4, já os vermelhos eram apenas P6 e P7. Assim os faz dos prateados novamente se assanharam.

Valendo. Na classificação, que é onde todos mostram suas cartas, vimos novidades. As Red Bulls tomaram conta da primeira fila, agora Max foi P1 e Checo P2. Os vermelhos ocuparam a segunda fila, com Leclerc na P3 e Sainz Jr na P4. Os prateados tiveram que se contentar com a terceira fila: Lewis na P5 e Russell de P6. Demonstrando que aquela Mercedes competitiva de Interlagos não desembarcou em Abu Dhabi. Entristecendo muitos.

Corrida. Verstappen largou da ponta e lá ficou até concluir a corrida. Checo e Leclerc também mantiveram suas posições. Lewis conseguiu uma ótima largada e tomou a posição de Sainz Jr. O hispânico logo superou Lewis numa manobra “a lá Max”, espalhou ignorando a presença do carro prateado. Lewis não concluiu a curva dentro da pista e saiu à frente do carro vermelho. A Mercedes ordenou que Lewis devolvesse a posição e este o fez num local que lhe favorecia, superando Sainz Jr. novamente.

O troco. O rendimento da Mercedes de Hamilton foi piorando no decorrer da etapa, o que lhe forçou a abandonar a corrida no terço final. Antes de abandonar, Lewis e Perez travaram uma boa disputa quando o mexicano ganhava terreno após sua última troca de pneus. Muitos disseram que esta atitude do inglês seria como uma vingança com o mexicano devido a última corrida do ano passado, quando Perez segurou o inglês por duas voltas, possibilitando Max descontar a diferença que o separava de Hamilton. Agora Lewis indiretamente ajudou Leclerc. Marko alega que Lewis impossibilitou o vice de Perez

Acertou. A Ferrari desembarcou em Abu Dhabi sob pressão. Tanto na pista como fora dela. Já que, segundo a rádio Paddock, Binotto estaria fora para 2023 e também seu relacionamento ruim com Leclerc. Na pista, as duas Red Bull se classificaram à frente de seus carros que, nitidamente, demostravam um ritmo melhor e maior velocidade nas retas. E assim os vermelhos partiram para serem perfeitos na estratégia e nos pit stop. Dois tópicos que não conseguiram realizar no decorrer do campeonato.

Leclerc e equipe executaram perfeitamente a estratégia de uma única parada. Enquanto Perez foi para duas paradas. Para isso dar certo, foi essencial o monegasco manter seus pneus inteiros na primeira parte da etapa, adiando o máximo seu stint, que aconteceu na volta 21. Enquanto Perez parou nas voltas 15 e 33. Leclerc mais uma vez se viu obrigado a fazer uma tocada macia para levar esse jogo de pneus até o final e ainda ter borracha para conseguir se defender nas últimas voltas do mexicano com pneus em melhores condições.

Sem sal. Enfim, vimos outra corrida sem disputas pela ponta e também com poucos duelos no decorrer da disputa. As posições do pódio foram as mesmas do grid de largada. Sainz Jr foi P4, mesma posição que largou. Do lado prateado, Russell fechou em quinto, depois de largar em sexto. Não conseguiu fazer nada nesta corrida, após sua primeira vitória na corrida anterior. A única posição que ganhou foi a de Lewis, que abandonou.

Resto. O melhor do resto foi Norris que fechou em sexto, depois de largar da P7. Outro que subiu uma posição com o abandono de Lewis. Assim como a P7 de Ocon. Stroll ficou na P8 depois de ter largado de 14º. Ricciardo fechou na P9 depois de largar em 13º. E Vettel fechou o top 10. O tetracampeão conseguiu encerrar a sua última corrida com um pontinho.

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