Agora titular da Secretaria de Trânsito, Ricardo Sarmento mergulha nos estudos preparatórios para a aplicação de resoluções do Contran com vigência programada para dezembro. Elas estabelecem reservas de vagas em estacionamentos públicos (ruas) de três e 5% para deficientes e idosos e acabam com os espaços privilegiados usados inclusive por órgãos públicos. As farmácias, por exemplo, perderão o estacionamento privativo que têm em via pública e os carros oficiais passarão a ser tratados como os demais. Contando as vagas. Nos próximos dias, Sarmento acerta com a Seplan a contagem das vagas de estacionamento existentes no centro da cidade, necessária à separação dos espaços reservados a deficientes e idosos. Aplicação da legislação a partir de dezembro levará também a Câmara de Vereadores a recorrer a estacionamento pago para os seus veículos, pois ela igualmente perderá o espaço privilegiado lhe reservado diante do prédio da praça Rui Barbosa. Preferência. E vem do leitor Wesley Carvalho outro comentário sobre o acidente que envolveu caminhão do Corpo de Bombeiro e motociclista, que perdeu a vida. Para ele, a discussão deve ser mais ampla, envolvendo a falta de educação reinante (concordo plenamente) no trânsito de Uberaba. Recentemente, ele presenciou viatura do CB, com sirene e giroflex ligados, tentando entrar na avenida Leopoldino sem que motoristas de outros veículos o permitissem. Outras tragédias vão acontecer – sentencia. De tudo. Uberaba tem, realmente, um dos piores trânsitos das cidades do seu porte. Não bastassem as dificuldades acarretadas pelo seu traçado, o desrespeito às regras do CTB é generalizado (incluindo os pedestres). Muita gente parece não saber sequer a finalidade da seta, o real significado das placas indicativas ou das faixas pintadas no asfalto. O secretário Ricardo Sarmento me disse ontem estar disposto a enfrentar de frente essa bagunça, mesmo sabendo que terá desgastes. No mérito. Já o leitor José Humberto de Assis Araújo entende que é preciso rever “essa correria” do Corpo de Bombeiros. Ele diz ter presenciado inúmeras discussões no centro da cidade entre motoristas de outros veículos que tentam de qualquer forma dar passagem “parta aquela coisa (viatura) barulhenta e infernal que vem se jogando para cima de todos”. Assis não tem dúvida de que o Estado será penalizado pelo acidente da segunda-feira na Santos Dumont. No passado. José Humberto relata ainda ter presenciado, em 1970, um caminhão do CB “atirar longe” um táxi, ao trafegar em alta velocidade e avançar sinal vermelho na avenida Fidélis Reis. Do acidente, explicou, resultou, depois de anos, indenização ao taxista, que ganhou um carro novo e algum dinheiro por danos morais Virmondes não teme concorrência. Sorriso franco nos lábios, o médico Virmondes Rodrigues vê com naturalidade o surgimento (ainda que somente nas especulações) de outras candidaturas para com ele disputarem o cargo de reitor da UFTM. “Em um espaço educacional e cultural [a universidade] o debate de ideias deve sempre ser estimulado e não castrado” – argumenta. Restrições regimentais. As regras do processo eleitoral na Universidade Federal do Triângulo Mineiro – integrantes do regimento interno da instituição – ainda passam por discussões. O anteprojeto, porém, diferentemente do que pensam alguns, não impõe diretamente limite de idade, mas exige que o candidato seja professor na ativa. Além disso, é obrigatório ao postulante, de acordo com o que está praticamente aprovado, o título de “doutor”, o que restringe candidaturas. Sem interferência. A construção de milhares de casas populares terá pouca influência na faixa mais rentável do mercado imobiliário de Uberaba, diz o empresário do setor José Carlos D’Mello, também diretor da Aciu. Segundo ele, a procura por imóveis de alto padrão e médio permanecerá acima da oferta. “É quase impossível achar uma casa em Uberaba que custe mais de R$ 150 mil” – afirmou, acrescentando que há muita dificuldade também para se encontrar imóvel disponível à locação. D’Mello rebatizou o programa de financiamento de imóveis populares recentemente lançado por Lula: “Minha Casa, Minha Dilma”. Comprando briga. Se estivesse em Uberaba, Carlos Minc teria sido “chamado para o braço” pelo vereador Borjão, que se revoltou com as recentes afirmações do ministro do Meio Ambiente, rotulando os produtores rurais de vigaristas e capetas. Da tribuna da Câmara, o peemedebista, filho de um dos mais conceituados fazendeiros do Triângulo e igualmente produtor rural, “babou” no ecologista, por ele considerado “um irresponsável”. Mordomia, não. Conselho Nacional de Justiça breca a mordomia de juízes chegados a ela, quando se trata do uso de carros oficiais; proibiu a utilização dos veículos em fins de semana ou feriados e ainda fora do horário de expediente. Somente as cúpulas dos tribunais poderão usar os veículos de representação. Ficam igualmente proibidos o transporte de familiares e a compra de carros de luxo (recentemente, o STF comprou cinco carros australianos pagando R$ 140 mil pela unidade). Pedofilia. Certamente, caberá à Polícia Técnica, em Uberaba comandada pela perita Daniele Aquino, esposa do comandante regional da PM, determinar a autenticidade do material apreendido na residência de professor mediante ordem do juiz Wagner Guerreiro. No pacote estariam DVDs e CDs. Em pelo menos um deles viu-se fotos de crianças. Parabéns!. Ficando mais experiente neste domingo o advogado e líder comunitário Antônio Donizetti Ferreira, que também inseriu seu nome nos anais do Poder Legislativo municipal. “Se achas bom ser importante, um dia descobrirás que é mais importante ser bom.” (R. Scheneider)
