Regulamentação motoboys

Vereador Cléber Cabeludo comemorou ontem a aprovação pela Comissão de Constituição e Justiça do Senado do parecer do senador Expedido Júnior favorável à regulamentação dos serviços de mototáxi e motoboy. Se passar por outras comissões e pelo plenário no Senado e na Câmara, o projeto permitirá que as Câmaras de Vereadores aprovem os serviços no âmbito municipal.   Denúncia de grampo. Sociólogo e escritor Carlos Humberto Martins redigia ontem denúncia que formalizaria junto ao promotor criminal Alcir Arantes de escuta clandestina de uberabenses por servidores de operadora de telefonia. Relato é feito nos mínimos detalhes do que seria uma trama criminosa, articulada a partir do interesse sobre determinada pessoa. Grampeados os telefones do “alvo”, quem com ele se relacionava, direta ou indiretamente, passou também a ser monitorado.   Lista é grande. Existem cerca de trinta nomes na lista preparada pelo denunciante. Com os telefones grampeados estariam inúmeros revendedores de veículos, engenheiro, fazendeiro e até mesmo um deputado federal (que se relaciona socialmente com o engenheiro). Um dos listados é parente de promotor de Justiça aposentado.   Ignorado na polícia. Na correspondência direcionada para o Ministério Público, Martins conta ter procurado a Polícia Federal, sem merecer atenção. Sociólogo cita o nome do agente que o recepcionou e lhe teria dito que o delegado não poderia atendê-lo. Como prova dessa visita à PF, Carlos Humberto cita monitoramento eletrônico interno da delegacia. Ainda de acordo com ele, mesmo ignorando-o, a Polícia Federal teria ouvido duas pessoas ligadas à denúncia, na semana passada, depois de ter sido informada que membro do Judiciário Federal estaria entre os grampeados.   Jogo duplo. Até onde Martins está informado, a operadora de telefonia ignora o assunto, apesar do envolvimento de seus funcionários. O denunciante suspeita, inclusive, que os denunciados – que cita nominalmente no esboço da denúncia a ser encaminhada ao promotor Arantes – façam jogo duplo. De posse de informações privilegiadas de escuta autorizada pela Justiça, essas pessoas teriam também repassado informações aos investigados, atrapalhando as ações das polícias.   Farto material. Martins diz ter tomado conhecimento do esquema ao estabelecer relacionamento profissional com funcionária da operadora de telefonia. Conquistada a confiança da mulher, ele conseguiu – diz o próprio – uma série de provas do que está denunciando. Cópias de gravações de escuta clandestina estariam com um dos empresários grampeados.   Arquivado. Conselho Superior do Ministério Público, instalado na Procuradoria Geral de Justiça, ratificou a manifestação do promotor Carlos Valera e arquivou procedimento que apurou denúncia contra a construção do Memorial Chico Xavier. O então vereador José Ronaldo Maciel, o Bolão, havia levantado suspeita de que o investimento acarretaria prejuízos ao meio ambiente, uma vez que as instalações estão sendo erguidas na Mata do Carrinho. Valera não entendeu assim.    Zona na estrada. O critério para a fixação do limite de velocidade nas rodovias é não ter critério. Enquanto a MG-427 (Uberaba-Conceição das Alagoas) tem 80km/h como limite e em diversos trechos ostenta placas de 40 e 60km/h, quem viaja para o interior de São Paulo, via Volta Grande, encontra de início uma estrada nas mesmas condições (e até piores em alguns trechos) com limite a 100km/h e entra na Assis Chateaubriand podendo correr um pouco mais (110km), igualmente em pista simples. É claro que rodovia com velocidade máxima a 80km/h tem radares de fiscalização.   Descaso. O Estado fiscaliza eletronicamente o excesso de velocidade, mas não se preocupa com a sinalização horizontal e vertical. Em dezenas de quilômetros não se encontra sequer a separação de pistas devidamente pintada. Nem a pintura de separação da pista com o precário acostamento.   Miserê. O Estado cobra cerca de R$ 100 (um absurdo) pelo emplacamento de um veículo (sem contar o IPVA e o seguro incidentes). Mas, em Uberaba, está faltando até mesmo o arame que serve para amarrar a placa (paga pelo cidadão) ao veículo. O interessado tem de sair à procura do arame, também para pagá-lo do próprio bolso. Ô miserê!   Disputa. Reitor Virmondes Rodrigues foi alertado por amigos que terá adversário na disputa pelo cargo na Universidade Federal do Triângulo Mineiro. A chapa estaria sendo organizada. É, estava fácil demais para ser verdade. A UFTM tem um longo histórico de disputas internas, com inimizades declaradas.   Humilhação. A assistente pedagógico do curso de Odontologia/noturno da Uniube está aguardando que professor acusado de humilhar aluno, em sala de aula, dê suas explicações sobre o episódio. O universitário já foi ouvido e confirmou o episódio registrado há duas semanas, por causa de um notebook aberto por ele. Ouvido o professor, que ainda não atendeu à convocação, a coordenação do curso decidirá o que fazer.          Inferno. Se alguém merece o inferno é o cara que ontem assaltou perua do Asilo Santo Antônio, invadido quando seu motorista aguardava para fazer a travessia da rua Artur Machado. Marginal, armado com barra de ferro, rendeu o funcionário e a secretária da instituição, levando-os até a Univerdecidade. De lá, fugiu com R$ 4 mil em dinheiro e R$ 1,6 mil em cheques, aumentando as dificuldades do asilo, de contribuições reduzidas desde o início do ano.     “E qual dentre vós é o homem que, pedindo-lhe pão o seu filho, lhe dará uma pedra?” (Jesus Cristo)