Comissão de cortes – por ele criada há quase dois meses – apresentou a Anderson suas sugestões – discutidas com os secretários municipais – para a redução de despesas na Prefeitura, em consequência da queda de receita. Estão previstos cortes de R$ 21 milhões. Criatividade. Em reunião com o secretariado, ontem, Anderson voltou a apelar para que cada um use a criatividade em benefício da administração, pois “do ponto de vista de investimentos, o ano está perdido. É um período de gestão de pessoal e de custeio” – frisou. Correndo atrás. PTH, sediada em Brasília, é acionada judicialmente pela Prefeitura de Uberaba. Vencedora de um dos lotes de concorrência voltada para a compra de equipamentos, a empresa forneceu 10 notebooks para o município por R$ 58,3 mil. Metade das máquinas apresentou defeito (uma delas sequer foi devolvida à Prefeitura) e a PMU entendeu ter havido descumprimento de contrato. A Premier está sendo notificada por edital para se defender, pois sua diretora, segundo o documento, encontra-se em lugar incerto e não sabido. Antidrogas. Com as drogas avançando sobre os jovens, Uberaba sedia segunda e terça-feira próximas a III Conferência Regional de Políticas sobre Drogas (lícitas – cigarros e álcool – e ilícitas – maconha, cocaína, crack e outras). Debates trarão à cidade o presidente do Conselho Estadual Antidrogas, Aluízio Andrade, e a superintendente de Prevenção, Tratamento e Reinserção Social da Subsecretaria Antidrogas de Minas. Toque de recolher. As drogas e a agressividade exteriorizada por menores de idade motivam reunião convocada também para terça-feira. Preocupadas com o quadro, lideranças de oito bairros convidaram para o encontro o promotor André Tuma (Infância e Juventude), delegado regional Francisco Gouvêa e comandante Sidney. Um dos alvos de vandalismos praticados por menores – o Centro Avançado do Pacaembu/Morumbi – estará na pauta. Os líderes comunitários estão acolhendo com simpatia a decretação do “toque de recolher” para menores em algumas cidades do País. Poderio de Malafaia. Não apenas a capacidade de oratória de Silas Malafaia atraiu atenções em seus três dias de permanência em Uberaba. A “mão de ferro” com que o pastor conduz os eventos de que participa, exigindo qualidade de som e camarote com TV de LCD para acompanhar o que acontecia no palco na sua ausência, e o jatinho colocado à sua disposição foram igualmente observados, assim como a “fala dura” em alguns momentos. Passando pito. Os vendedores de alimentos e refrigerantes que circulavam entre os expectadores reunidos no “Uberabão” não escaparam de um “puxão de orelhas”. Silas Malafaia parabenizou a todos por estarem defendendo o sustento, mas pediu que se sentassem durante a sua fala, pois Deus não gosta de oração feita andando. Àquelas pessoas que se aproximaram do palanque para bênção especial, o pastor também fez advertência: não usem máquinas fotográficas. Falou, inclusive, em retirar do gramado do estádio aqueles que ignorassem a recomendação. Grampo. Não é verdade que a Polícia Federal tenha deixado de receber denúncia sobre escutas telefônicas clandestinas em Uberaba. A garantia é de delegado federal, negando que o sociólogo Carlos Martins tivesse estado na delegacia e sido ignorado, como o próprio denunciante afirmou a FALANDO SÉRIO. Nada sério. Também integrante da Justiça Federal, que, segundo Martins, teria sido alvo de escuta clandestina, preferiu deixar a denúncia pra lá, depois de se certificar de que, no seu caso, não havia motivos para preocupações. Ecumenismo. Odontólogo aposentado, Alencarliense Max condena a destinação de espaços públicos a um único segmento religioso. Para ele, isso não deveria ocorrer com a Capela São Sebastião, da Polícia Militar, nem com o salão do Tribunal do Júri, onde diz ter visto um crucifixo instalado atrás do juiz que o presidia. Segundo Alencarliense, a colocação de imagens em espaços públicos os torna relacionados exclusivamente com a Igreja Católica. Silêncio. Alencarliense também estranha o silêncio com que os religiosos aceitam essas situações e outras que minimizam a importância da religiosidade na formação e na sustentação dos homens. Atraso. Atrasos em obras estão se tornando rotineiros em Uberaba. Prédios construídos pela iniciativa privada, casas com a participação do poder público e instalações destinadas a órgãos públicos quase sempre são entregues com atraso de meses. Neste contexto são o Residencial “Tancredo Neves” (quatro meses), prédios das avenidas da Saudade e dom Luiz Santana e o da Risp (Região Integrada de Segurança Pública) – há meses. E raramente as pessoas diretamente interessadas têm explicações de iniciativa dos responsáveis pelas obras. Conforto. Mais um gasto curioso do Tribunal Regional do Trabalho de Minas Gerais: a compra de trinta apoios de pés com estrutura em aço (equipamento ajuda na correção da postura sentada e evita compressão das artérias e veias sob o fêmur, melhorando a circulação sanguínea das pernas). Serão gastos R$ 3,8 mil do suado dinheirinho do povo. Gato por lebre. Um alerta para os dependentes de maconha. Dois terços da droga encontrada no mercado representam misturas de esterco (bosta de animais) e mamona. A cocaína tem mistura de mármore em pó. O traficante quer te matar, mas não responde por isso. Quando pego, é processado por tráfico e não por tentativa de homicídio também. “Os olhos que nunca choraram raramente aprendem a ver.” (Meimei)