Uberaba tem embarcado em “ondas” alimentadas por motivações politiqueiras e eleitoreiras – sentencia o deputado Narcio Rodrigues, citando ações específicas que só prejudicaram a cidade. Segundo ele, denúncias de irregularidades nunca comprovadas acabaram por transformar o Ceneg em “elefante branco, como monumento ao descaso do presidente Lula para com o projeto”. Por detrás disso, os interesses de um grupo de Salvador (BA) e “a imprensa embarcou nisso e impediu que Uberaba fosse pólo nacional de capacitação da comunidade negra” – frisou. Paleontologia na esteira. Na tentativa de transformar Uberaba em sede da rede nacional de paleontologia, não foi diferente. Rio, São Paulo e Rio Grande do Sul se levantaram para condenar os investimentos no centro tecnológico de Peirópolis, e novamente o mote “absorvido pela imprensa” foi o de irregularidades no projeto. “Até hoje estamos tentando dar vida ao projeto, que nada tem de irregular e deveria nacionalizar Peirópolis e consolidar uma extraordinária vocação [científica] da cidade” – destacou o parlamentar. “Acham que me puniram, mas puniram Uberaba e a média local embarcou nessa nova onda” – sentenciou. Episódio Adebrac. Sobre a Adebrac, que está rendendo ação do Ministério Público contra o ex-prefeito Marcos Montes, Narcio Rodrigues também se manifestou. Seus comentários em defesa do envolvimento da Oscip com prefeituras da região – incluída a de Uberaba –, movimentando alguns milhões de reais, ficam para a edição de amanhã. Nos três casos – Ceneg, Peirópolis e Adebrac – existem, em algum momento, interferências de promotores ou da Polícia Federal. Metralhadora na Câmara. Um dos maiores críticos da forma como foi articulada a frustrada cassação do mandato de Jorge Ferreira (PNM), Marcelo Borjão (PMDB) promete: “Vou botar o dedo na ferida em muitas coisas que acontecem na Câmara”. Conhecido por seu temperamento, Borjão assegura que na volta do recesso exigirá investigações sobre “muitas coisas que merecem explicações” (na sua interpretação). Para pensar. Supremo Tribunal Federal absolveu mulher acusada de tentar furtar 25 barras de chocolate e inseticida em supermercado gaúcho. Considerou a atitude dela “crime impossível”, pois a acusada não chegou a sair do supermercado com as mercadorias. Seus passos foram acompanhados por câmeras de monitoramento no interior do estabelecimento. Seguranças impediram a concretização do furto, ficando a mulher apenas nos atos preparatórios – no entendimento da Corte. Desafio. Em pronunciamento de ideias bem postas, no encerramento da sessão que conservou o mandato de Jorge Ferreira, José Severino falou de seu compromisso com a verdade, a transparência e a lisura, lançando um desafio aos colegas: “Apontem uma única conduta ilegal em minha vida e eu renuncio”. “Eu avisei”. Dizendo-se de consciência tranquila quanto à proposta de cassação do colega, o petista percorreu o plenário com os olhos e sentenciou: “A responsabilidade dos senhores [vereadores] para com os atos dele [Jorge] passa a ser maior com a absolvição”. Referia-se àqueles que ajudaram a manter o mandato do acusado. Em outras palavras, não venham reclamar depois. Incoerência. Marcelo Borjão continua achando, porém, que Severino foi incoerente, mas não tem culpa dos fiascos do relatório da Comissão Processante, assinado por ele e Dutra. Em sua opinião, “Severino foi induzido pelo Dutra” e produziu relatório e quesitos tendenciosos. Todos os advogados imparciais no episódio, aos quais foram submetidos os quesitos que levariam à cassação de Jorge, tiveram uma só conclusã foram formulados para obter o “sim”. Em crise. Pelo menos duas comunidades terapêuticas – para tratamento de dependentes químicos – fecharam as portas este ano. Sucumbiram diante das despesas crescentes para a manutenção dos internos – sem fontes de custeio – e das exigências da legislação para o funcionamento de casas do gênero. Azar de quem precisa de atendimento e não pode poder pela internação em espaços privados. Sem mágoas. Confessando-se desprovido de mágoas por ter não ter sido reconduzido a cargo na Fundação Cultural para este novo mandato, Babá Carlos está confirmando a realização de shows dominicais na Chácara do Oripão, enquanto perdurar a suspensão do projeto desenvolvido pelo município no Mercado e suspenso para reorganização. Babá jura que não se trata de iniciativa voltada para competir com a Fundação Cultural e é realmente provisória. Na torcida. “Não estou chateado com Anderson ou com a Fundação por ter ficado de fora da equipe, e torço para que os assuntos ligados ao setor afro sejam conduzidos por quem entenda o entenda” – afirmou o ex-diretor. Sem frio. As baixas temperaturas ainda nada tiraram o ânimo dos joqueanos. Há atividades de sobra no Jockey Park, incluindo aulas de futebol (para a criançada) e de hipismo, competições de peteca, futevôlei, tênis e vôlei. Consulta da programação pelo telefone 3318-8400. Tec-Toner. Suprimentos de informática e recargas de cartuchos com tecnologia de ponta têm endereços certos: João Pinheiro, 573, e Abílio Borges com Orlando Rodrigues da Cunha. E a verdade?. Desde Delta, recebi duas informações (uma delas de ex-vereador) de que caminhão do vereador Gilberto da Rocha fazia ontem a coleta de lixo na cidade como contratado da Prefeitura. De assessor municipal veio a afirmação que o edil não é contratado do município para isso, mas que ontem houve necessidade de contratação urgente de caminhão, pois o da Prefeitura destinado ao serviço sofreu avarias em viagem a Uberaba. O nome do dono do caminhão contratado não foi revelado. No bolso. Uma dura sentença da Justiça Federal de Uberlândia para quatro empresas que exploravam bingo e caça-níqueis naquela e em outras cidades da sua jurisdição. God Promoções, Brazão Dourado, LS Empreendimentos Lazer e Triângulo Administração de Bingos terão de pagar, cada uma, R$ 150 mil de indenização por danos morais coletivos. É legal. Técnicos da Settrans foram ao Jardim São Bento e constataram a legalidade do fechamento com obstáculo do final de algumas ruas. “Está no projeto original do loteamento aprovado pela Prefeitura” – explicou o secretário Ricardo Sarmento. “É verdadeiramente velho o homem que para de aprender. Quer tenha 20 ou 80 anos.” (Henry Ford)