Como assim?
Até por volta de 13h de ontem a Polícia Militar estava precisando negociar com grevistas a passagem de caminhões com combustíveis pela Filomena Cartafina.
Corpo a corpo
Negociações, com fixação do número diário de caminhões (ontem seriam 15), eram conduzidas pessoalmente pelo coronel Peres, incansável nos últimos dias.
Desrespeito
A necessidade de “negociação” mostra que a liminar da juíza Régia Ferreira, determinando o fim do bloqueio, não teve quem a fizesse ser cumprida.
Curioso
Curiosamente, na 2ª-feira, os manifestantes anunciaram que só deixariam passar veículos escoltados pela PM, em total desrespeito às outras polícias.
De cima
E todos esses detalhes sugerem que a ordem aos grevistas para acatarem somente a PM viera de BH.
O detalhe
Já o coronel Peres dissera ao prefeito interino Luiz Dutra que precisaria submeter a teor da liminar da juíza ao conhecimento do Comando Geral na capital.
Porta-voz
Os manifestantes também concederam ao oficial o privilégio do anúncio aos uberabenses de que o bloqueio estava encerrado, na Filomena, a partir da tarde.
De fora
Estranhamente, o próprio Estado manteve a Polícia Civil afastada da busca de solução para o desabastecimento.
A prova
Prova disso foi o ponto facultativo para ela decretado a partir de sexta-feira da semana passada.
Que se dane!
Uma demonstração também de nenhuma preocupação com os milhares de inquéritos necessitando de diligências ou da audição de vítimas, acusados ou testemunhas.
Documentos
A paralisação afetou igualmente a expedição de documentos, transferências e registros de veículos e outros procedimentos mais.
Motivo?
Se a suspensão dos trabalhos foi por falta de combustíveis, era só adotar a mesma estratégia posta em prática pela Polícia Militar.
Sem discurso
Empresários de postos perderam parte do discurso que “justificava” o preço dos combustíveis em Uberaba, na comparação com outras cidades: a questão transporte.
Matemática
As vinte e duas carretas abastecidas no DI-3 na terça-feira à noite trouxeram cerca de 500 mil litros de combustíveis para os postos.
Para poucos
Se observada a limitação de 30 litros por veículo, teriam sido abastecidos apenas 16,1 mil deles, menos de 10% da frota local.
Pois é!
Com dores fortes, paciente octogenária passou por serviço de pronto-atendimento hospitalar no dia 21 e o médico lhe prescreveu forte analgésico, nada mais, e a liberou.
Óbito
A intensidade da dor se agravou nos dias seguintes, ocasionando óbito com certificação de “infecção generalizada”.
Sem ofensa
Um simples exame de sangue, dos mais baratos, não teria detectado a infecção? Pois é! Não foi pedido e, por isso deixou de ser feito.
Gás
Com a recomendação do MP de venda de um único botijão por consumidor, o depósito Ultragás (Leopoldino) atenderá 400 pessoas das 8h às 12h.
Garantia
Vereador Kaká reafirmou ontem ter garantias de que o novo dono uberlandense do Hospital São José manterá os 180 funcionários.
Passivo
Alciomar da Silva Marques também assumiu o passivo trabalhista da casa de saúde de cerca de R$2,5 milhões e ontem conversou com a Unimed para fortalecer relações.
Intermediação
Foi a empresa de negócios do vereador que intermediou a venda do hospital com sete décadas de história e bons serviços prestados.
Vergonha
Vergonhoso o repasse do Estado para a saúde em Uberaba: apenas 0,38% do dinheiro investido no setor de janeiro a abril deste ano.
Bancando
Com recursos próprios, a Prefeitura bancou 51,33%, cabendo 48,12% à União.
Como Pilatos
O Estado praticamente lavou as mãos na assistência à saúde do uberabense e deve mais de R$50 milhões à Prefeitura.
Acusação
Se o Ministério Público arquivou denúncia sobre o comportamento de professor por falta de nomes de eventuais vítimas, na Uniube haverá desdobramentos.
Anônima
O relato de assédio sexual ao MP foi feito de forma anônima, o que, segundo ele, impossibilitaria a investigação.
Gravidade
Pela coordenação do curso as acusações foram consideradas graves e pedido às vítimas que se apresentem, assegurando o sigilo das identidades.
Judicialização
Em assembleia, professores da rede privada decidiram por ajuizar ação de dissídio coletivo contra as escolas. Mas continuam abertos à negociação.