FALANDO SÉRIO

Infecção Hospitalar vira discussão

Leuces Teixeira estimulou discussão sobre infecção hospitalar no Tribunal do Júri

Wellington Cardoso
Publicado em 03/08/2018 às 10:18Atualizado em 20/12/2022 às 13:38
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Criminalista Leuces Teixeira estimulou uma nova discussão em Uberaba durante a sessão de terça-feira do Tribunal do Júri: sobre a infecção hospitalar. Atuando na defesa de Clelton Humberto Lucas, julgado sob acusação de homicídio duplamente qualificado, o advogado recorreu ao prontuário hospitalar da vítima de seu cliente, a mulher do réu, Renata Cristina, internada com gravíssimas queimaduras provocadas pelo companheiro.   Recuperação satisfatória. Renata, que estava grávida, morreu quatro meses e quinze dias depois de ser queimada, período em que permaneceu hospitalizada. Dizem os relatórios firmados por diferentes médicos que a atenderam durante o tratamento que a paciente estava sem infecção, sem febre, consciente e com os pulmões limpos. Mas, depois da quinta cirurgia a que a mulher foi submetida, ocorreu o óbito. “Por septicemia” – relatou Leuces, com base no prontuário hospitalar.   Infecção hospitalar. Depois de frisar que a história da Medicina em Uberaba está recheada de ilustres e dedicados profissionais, o criminalista ressaltou que não se pode ignorar, porém, a existência de uma “máfia do avental branco” constituída por uma minoria. Segundo ele, a infecção hospitalar em Uberaba é uma realidade que precisa ser discutida. Ele chegou a contar um drama vivido pessoalmente por ele em consequência disso.   Crime desclassificado. Ao término da exposição de Leuces Teixeira, o acusado teve seu crime desclassificado de duplamente qualificado para homicídio culposo com pena fixada em um ano e seis meses, quando poderia pegar de 12 a 30 anos. Outros três anos lhe foram aplicados pelo aborto (Renata Cristina estava grávida no dia da agressão). O condenado já está preso há dois anos.   Fim do prazo. Termina hoje o prazo para que as escolas de samba entreguem à Fundação Cultural suas prestações de contas dos gastos com o carnaval. Cada uma delas tem de justificar o dinheiro recebido do município. A situação mais complicada é a da Império da Abadia, que não desfilou e terá de devolver toda a verba recebida. À Liga das Escolas de Samba já chegaram informações de que a Império não havia confeccionado fantasias.   É ele. O sempre irreverente e polêmico Sinfrônio José da Silva Júnior é o presidente eleito da Liga das Escolas de Samba de Uberaba. Ele recebeu seis dos oito votos possíveis (dois votantes não apareceram).   Em detalhes. Marcelo Borjão considera indispensável que dirigentes do Hospital Dr. Hélio Angotti tenham mais tempo em plenário para detalhar as receitas com que contam. O peemedebista quer saber até que ponto são verdadeiros os anúncios de parlamentares de que destinaram recursos públicos para o hospital. A passagem deles pela Câmara, ontem, foi insuficiente para isso.   Recordista. O PSDB é o partido recordista em brigas internas em Uberaba. Os desentendimentos vêm desde a década de 90 e marcaram praticamente todos os diretórios e comissões provisórias. Por conta dessas brigas, muita gente deixou o partido nos últimos 12 anos.   Ufa!!!. Somente em setembro, o promotor José Carlos Fernandes terá (é o que espera) concluída a análise dos milhares de documentos encontrados por ele ao assumir a Curadoria do Patrimônio Público. Muita coisa já foi para o arquivo e algumas outras peças alicerçaram ações civis contra agentes públicos de Uberaba, Delta, Campo Florido, Veríssimo e Água Comprida.   Renovação. Se vingar a tese de que basta estar na “lista suja” (julgado ou não) para ter candidatura às eleições majoritária e proporcional brecada pela Justiça, o promotor Fernandes será o responsável pela maior renovação política de Uberaba e região de todos os tempos. Com suas ações, ele está inviabilizando dezenas de nomes. Faltarão nomes.   Plantões. Conselho Nacional de Justiça dará nova regulamentação aos plantões dos juízes. Somente poderá haver apreciação de pedidos de mandado de busca e apreensão de pessoas, bens e valores quando a urgência for comprovada.         Restrições. O juiz de plantão não poderá também analisar pedidos que envolvam valores em dinheiro ou liberação de coisa apreendida.         Réplica. Procurador-geral da Câmara contesta opiniões de advogados para os quais não se respeitou o devido processo legal nas denúncias contra Jorge Ferreira. Raphael Miziara garante que a comissão processante foi instalada com base no Regimento Interno, enquanto para um dos analistas deveria ter sido observado o rito processual penal.   Drogas. Juíza Juliana Baretta programou para o dia 26, na Aciu, a audiência coletiva com 189 pessoas detidas sob acusação de uso de droga. Todas elas assinarão termo de ajustamento de conduta. Mesmo procedimento será adotado em relação aos mais de oitenta motoristas que respondem a processos por delitos de trânsito no Juizado Especial.   Museu. Esta semana, João Batista Rodrigues fez com que muitos uberabenses passassem a ser, de alguma forma, peças de museu. Em companhia da esposa, Romilda, e do filho, Alex, entregou ao arquivo público gravação em MP3 de inúmeras entrevistas de diferentes personalidades e documentos, incluídas fichas de registro na casa de antigos funcionários da Rádio Sociedade, nascida PRE-5 em 1922.         Escândalo. A vizinha Igarapava virou notícia nacional, ontem, quando o prefeito provocou a prisão em flagrante de quatro vereadores (um outro fugiu e dois estão sendo investigados), acusados de exigir propina para votar matéria do Executivo.         “A vida se expõe como um engodo contínuo, tanto em coisas pequenas como grandes.” (Schopenhauer/1844)

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