FALANDO SÉRIO

Hospitais da cidade fora dos padrões

Cristina Hueb diz que nenhum hospital dispõe de isolamento para doenças contagiosas

Wellington Cardoso
Publicado em 03/08/2018 às 10:18Atualizado em 20/12/2022 às 11:40
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Nenhum hospital de Uberaba dispõe de isolamento dentro dos padrões exigidos para doenças contagiosas como a gripe suína. A revelação é da infectologista Cristina Hueb, professora da UFTM. Mas, ela ressalta também que não há nenhum caso confirmado da gripe no município.   Reprovação. Desempenho dos advogados foi reprovado por 13% de 746 juízes e desembargadores mineiros ouvidos em pesquisa. Para outros 48% ele é regular e apenas 39% o aprovam. Em pior condição ficou o desempenho das delegacias de polícia, reprovado por 25% dos magistrados e aprovado por apenas 31%.   Advertência. Juiz criminal Ricardo Motta corrobora com o pensamento do colunista: as drogas ilícitas não têm merecido atenção à altura das suas consequências. Tanto na repressão quanto na prevenção. Impera o faz-de-conta.   É pouco. As frequentes apreensões de drogas em Uberaba representam muito pouco do que chega efetivamente ao consumidor. Estima-se que o tráfico movimente algo em torno de R$ 150 mil/dia, somente no município.   Metadinha. Mostra estudo do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC), que o consumo de drogas aumenta em todo o Brasil, enquanto o orçamento da União para o setor não é cumprido. Segundo ele, de R$ 127,6 milhões previstos no orçamento do Fundo Nacional Antidrogas a partir de 2004, somente R$ 65 milhões foram efetivamente aplicados.   Reforço. Vai à sanção do presidente Lula lei permitindo que o STJ e o STF recorram a desembargadores e juízes de 1ª instância na instrução de processos de competência ordinária de ambos. Despe-se um santo para vestir outro.   Firmes. Ninguém vestiu a carapuça preparada por Anderson: na sexta-feira, nenhum secretário pediu demissão por se considerar incapaz de cumprir metas traçadas pelo Chefe do Executivo. Advertência e prazo saíram da boca do prefeito na quarta-feira, dia 9. Eventuais mudanças só mesmo por iniciativa dele.   Cachimbo... da paz. Advogado criminalista sinaliza com o fim de processo aberto por iniciativa de jornalista contra o prefeito e outros dois jornalistas. Queixoso deixou, recentemente, de comparecer a audiência e seu advogado acha que a qualquer momento ele próprio deixará “isso pra lá”.   Na bronca. De um agente de Polícia Civil: “Elogios em reuniões do sistema e na imprensa só mesmo para delegados, oficiais (no caso da Polícia Militar), promotor e juiz. Ninguém se lembra de quem está na linha de frente (detetives e soldados), correndo risco de tomar tiro”. E tem razão.   Aprovado. Associados do Uberaba Country Club consideram que o presidente Batatinha agiu corretamente quando negou convites gratuitos a vereadores e integrantes do Executivo de Delta, para o show de Bruno e Marrone.  É bem verdade que a turma está de “beicinho”.   Chutômetro. Qualquer estatística brasileira sobre a “recuperação” de egressos do sistema prisional é puro chute. Quando o condenado acaba de cumprir a pena (ou ela é encurtada) e sai da cadeia, não há nenhum mecanismo de controle da sua vida aqui fora. Se ele continuar assaltando e matando, mas não for identificado, figurará como “recuperado”.   Sem controle. Também os detentos que deixam o presídio para trabalho externo ou passam fins de semana com familiares, não têm qualquer controle do sistema.   Privilegiados. Definitivamente, nem aos olhos da Justiça os homens brasileiros são iguais. Outro exemplo dessa desigualdade vem de Manaus, onde o juiz trabalhista Antônio Carlos Branquinho é acusado de pedofilia e teve tratamento privilegiado no Tribunal Regional do Trabalho, onde denúncias contra ele teriam chegado em abril, sem que qualquer providência – à luz da lei – fosse tomada. Magistrado teria feito sexo com menores até mesmo em seu gabinete. E ele não nega as relações fartamente documentadas com fotos, mas alega desconhecer que as meninas fossem menores.   Providências. O juiz trabalhista só passou a ter problemas com a lei a partir do momento que as denúncias sobre a pedofilia chegaram também ao Ministério Público Federal. No TRT/AM, segundo a última edição da revista Veja, o caso ficou só na conversa entre desembargadores.   Para poucos. Como membro de uma minoria privilegiada, o juiz Branquinho tem a oportunidade de se aposentar com os altos salários que recebe, apesar do comportamento criminoso.   Ciúmes. Por mais incrível que pareça, recente visita do vice-presidente da OAB mineira a Uberaba provocou ciúmes entre advogados dos diferentes grupos que sempre brigam pelo comando da 14ª Subseção.   Esfriou. Muito se ameaçou nos bastidores sobre desdobramentos do episódio de assédio sexual na Câmara de Vereadores. No calor dos acontecimentos, muita gente disse que cobraria explicações sobre isso e sobre aquilo. Passado o julgamento, ninguém mais toca no assunto.   Técnicas. COPERVALE programa outra palestra de altíssimo nível para os produtores uberabenses. Rotina de ordenha, análise de CCS, Mastite Clínica e Subclínica estarão em pauta no dia 30 de julho, no auditório “Lamartine Rodrigues Borges”, na sede da cooperativa. O palestrante convidado é o médico veterinário Hudson Nunes da Costa, professor e mestre em Nutrição Animal.   Mototáxi. Autor do projeto, agora lei de regulamentação do mototáxi, é o senador uberabense Mauro Miranda, também aqui formado em engenharia. O irmão de Mauro, que também passou pelo Senado, foi governador do Mato Grosso (Marcelo Miranda). Regulamentação da atividade tirará centenas de uberabenses da clandestinidade permitida.   Vai e vem. Uberaba foi uma das primeiras cidades do país a regulamentar o mototáxi, em ação de 2001 do vereador Luiz Dutra e deste colunista. Muitas outras vieram depois e tudo isso provocou a ira das empresas de ônibus, bem representadas em Belo Horizonte e Brasília. Consequência: a Justiça declarou inconstitucional a iniciativa do município, o que empurrou para a “clandestinidade tolerada” cerca de 800 mototaxistas (atualmente são 1,2 mil). Agora, a competência é oficialmente atribuída aos municípios.   “A porta mais bem fechada é aquela que se pode deixar aberta”.

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