FALANDO SÉRIO

Funcionários do Country na penúria

Acumulam ações trabalhistas contra o clube, cobranças de FGTS, férias e salários

Wellington Cardoso
Publicado em 18/01/2011 às 10:08Atualizado em 20/12/2022 às 02:05
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Susto. Nova diretoria do Nacional tomou um susto ao contatar a Receita Federal. Soube que tem dívida de cerca de R$ 200 mil a ser quitada. O susto foi tamanho que o representante alvinegro sequer atinou para perguntar a origem, mas ficou sabendo que há alguns anos o clube teria recusado Refis para pagar algo em torno de R$ 100/mês.  Vai sobrar. E, segundo dizem, ainda têm as consequências da parceira do Nacional com o Bingo Uberaba Palace, de ações rolando na Justiça do Trabalho.   Pindaíba. Dá pena ouvir o relato de velhos funcionários do Uberaba Country Club sobre o estado de penúria e abandono a que estão submetidos. Gente com mais de 15 anos de casa sem saber qual será o seu futuro. E sem “merecer” sequer um telefonema de membro da diretoria. É por essa e outras que se avolumam as ações trabalhistas contra o clube, com cobranças de FGTS não depositado, férias e salários não recebidos.   Alô. Com o tenente-coronel Lunardi de férias, antes de ir embora, o subcomandante Ney está com o telefone funcional do comandante e, neste fim de semana, recebeu inúmeras ligações de pessoas que queriam falar com o transferido. Constrangimento de ambos os lados, já que Ney – sem ter culpa disso - substituirá Lunardi.   Quero saber. Sem alarde, Lunardi, homem de temperamento forte, teria ido a Belo Horizonte em busca de uma explicação para a sua saída de Uberaba, antes de seguir para o litoral. O fato é que estragaram as férias do oficial, que, diferentemente de muitas autoridades que se escondem atrás da mesa, era o primeiro a chegar aos embates de rua com os bandidos. E por opção pessoal.   Brabo demais. Sem conseguir contatar Lunardi, o vereador Borjão queria, ontem, “soltar os cachorros” contra o Estado. Outro que achou ter sido grande o prejuízo para Uberaba é o advogado criminalista Leuces Teixeira, vice-presidente da 14ª Subseção da OAB.   Que coisa! Não sei se por falta de convite, mas é fato que poucos vereadores foram ao casamento do colega Jorge Ferreira, no sábado. A cerimônia atrasou e muitos convidados foram embora antes da grande festa.   Privilegiados. Alguns deputados mineiros não reeleitos saem da Assembleia Legislativa ou Congresso aposentados. É comum antes do início de uma legislatura, os “barrados” buscarem a renda da inatividade parlamentar (mas não política, pois muitos vão para cargos no Executivo e outros retornam depois pelo voto, conservando os proventos).   Na lista. Entre os que requereram a aposentadoria em consequência do pleito de 2006 estão quatro triangulinos: Adelmo Carneiro Leão, Romel Anízio Jorge, Romeu Queiroz e Silas Brasileiro. Mas, o pacote é grande, incluindo Paulo Delgado, Ibrahim Abi-Ackel e Agostinho Patrus.   Valores. À época, a aposentadoria de Adelmo, com 14 anos de mandato, seria de R$ 5,9 mil, e Agostinho Patrus receberia R$ 10,1 mil. O ex-ministro da Justiça Abi-Ackel tem duas aposentadorias: uma pelo Instituto de Previdência da Assembleia, de R$ 6,3 mil, e outra da Previdência dos Congressistas, R$ 8,9 mil.   Desigual .É bem verdade que os parlamentares contribuem para sistema previdenciário próprio, assim como é mais verdadeiro ainda que os Governos bancam esses institutos com valores astronômicos. Enquanto isso, o trabalhador padece para conquistar uma aposentadoria (do INSS) que é defasada a cada reajuste do mínimo. E há inúmeros relatos das dificuldades criadas pelo sistema para obstruir o direito do simples mortal, obrigado a recorrer à Justiça.   Sujou. Em cidade triangulina de porte médio, PM teria, à revelia do próprio comandante, pedido à instância superior, transferência para outro local para não “fazer uma bobagem com o chefe e desgraçar a vida”. O cara estaria se aproveitando do cargo para assediar a esposa do subordinado.   Esperteza.Para cativar os deputados que estão chegando à Assembleia Legislativa pela primeira vez, o governador Anastasia garantirá a todos também alguns milhões de reais em emendas parlamentares. E Lerin já antecipou a FALANDO SÉRIO que Uberaba ficará com a maior fatia.   Feliz.Tenente-coronel Sidney nega ter feito gestão para encerrar sua carreira no comando do 4º Batalhão. “Estou feliz no 32º (Uberlândia)” – disse ele a FALANDO SÉRIO.   Meta. Presidente Afrânio Prata comemora o alcance de meta a que se impôs ao assumir o Instituto de Previdência dos Servidores Municipais. A turma está com R$ 100,2 milhões seguramente aplicados.   Bota fora. Os políticos desapareceram das listas de paraninfos de formandos da UNIUBE. Era comum a escolha de um deles por estudantes interessados em agradinho para a festa. É, os tempos são outros.   Subcomando. Decisões de ontem na Polícia Militar mineira aumentam o suspense para a tropa em Uberaba. No final da tarde foi ratificada a designação do tenente-coronel Ney Sávio para o lugar de Lunardi e anunciado que o major Wellington, homem de Informação do Comando Regional, irá para o subcomando do 4º Batalhão, que para alguns seria o major Jorge Janoário Júnior.   Transferências. Mesmo sendo homem operacional, o recém-promovido major Júnior deixa um batalhão de policiamento para ocupar cargo administrativo no 5º Comando Regional. Além disso, o “linha de frente” capitão Wolff, também promovido em 25 de novembro, está deixando o 4º Batalhão, transferido para Uberlândia, assim como o colega Aleksander.   Desfalque. O saldo das movimentações é numericamente desfavorável ao 4º Batalhão, que perde homens de rua, de enfrentamento de criminosos, enquanto o Comando Regional tem igualmente várias vagas de oficiais a serem preenchidas. O sucessor do coronel Aquino, coronel Laércio dos Reis, precisará chegar a Uberaba com “um caminhão de capitães e majores”, para que a área não fique enfraquecida, pois está perdendo três tenentes-coronéis (incluída Lília, a esposa de Lunardi).   Uma e outras.   Formalizada a designação do major Márcio Constâncio para a Companhia de Missões Especiais em fase de instalação em Uberaba. Entre os funcionários do Country a ver navios tem uma senhora com 40 anos de clube. Até o dia 31 deste mês, a OAB está inscrevendo advogados interessados em atender, por designação judicial, réus carentes. A intenção é pressionar o Estado a pagar pelo serviço. Em Uberaba, 75% dos júris feitos por Leuces Teixeira é na condição de advogado dativo, mas nunca viu a cor do dinheiro do Estado.   “O grande julgador das ações do homem de bem é a sua própria consciência”.

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