Contrabando provoca extorsões na cidade

Extorsão na cara limpa

Cigarros contrabandeados provocam extorsões em Uberaba. Maus policiais – de nomes omitidos por razões óbvias pelos denunciantes – fazem levantamentos no comércio, mas não com o objetivo de combater o crime. De cara limpa, prensam comerciantes que vendem produtos paraguaios simplesmente em busca dos nomes dos fornecedores. A finalidade da identificação desses empresários da pirataria não é a apreensão de mercadoria, mas extorqui-los.

Dinheiro no bolso

No fim de semana, dizendo-se policiais, dois ou três homens abordaram na rua a filha de um fornecedor de cigarros paraguaios e a obrigaram a levá-los ao pai. Uma vez na presença do empresário, eles exigiram dinheiro para “deixá-lo em paz” e até disseram o nome de outro que teria entregado R$ 10 mil a eles para se livrar de aborrecimentos. Por fim, saíram de lá com mais algum.

Morosidade

Mais um exemplo da morosidade do Judiciário é narrado à coluna pelo advogado Edilberto Silveira. Em 5 de setembro ele impetrou mandado de segurança junto ao Tribunal de Justiça para ter acesso a documentos lhe negados pelo prefeito de Pirajuba, necessários à formalização de ação popular. Somente ontem a resposta seria oficializada. Já outro mandado de segurança, impetrado em 3 de agosto, contra a prefeita de Delta, encontra-se concluso para o relator (desembargador Manoel Saramago) desde o dia 28 daquele mês, sem definição ainda nesta 2ª feira.

“Medorréia”

“Uberaba não tem criminoso de fato ligado ao PCC, mas, sim, bandidos que usam a sigla para se dizerem perigosos e impor respeito no meio”. O comentário é de autoridade policial, a partir da análise das fichas e outras informações sobre os marginais que circulam pela cidade. Segundo o experiente policial, tem “muita gente (policiais e outras autoridades) com medo de bandido, o que significa uma grave inversão de valores. Bandido é que deve ter medo, em especial de polícia e outros segmentos da cadeia de segurança pública” – finalizou a FALANDO SÉRIO.

Reação de advogado

Advogado e professor universitário, Rodrigo Vaz de Carvalho reagiu à publicação de FALANDO SÉRIO considerando justo que seja comprovada a origem lícita do dinheiro com que o criminoso paga pela defesa. E sugere que, “se é assim, quando suposto criminoso fosse pagar honorários de dentista, médico, a escola do filho, impostos, as custas do processo, comprar jornal e abastecer o carro” isso também deveria ocorrer.

Há diferenças

São situações absolutamente distintas, não contextualizadas na notícia inicial, que se referia a pronunciamento de promotor de Justiça quanto ao uso do dinheiro roubado ou furtado para livrar um criminoso da cadeia e até mesmo em prejuízo de sua vítima. Mas, vale lembrar, sem polemizar, que o dono da escola, o vendedor de combustível, o dentista e o médico não precisam, enquanto profissionais, conhecer em detalhes as atividades do cliente.

Vixiii

Não será surpresa se o vereador Marcelo Borjão apresentar proposta aos colegas para que eles não mais recorram à chamada emenda parlamentar. Instrumento serve para a edilidade distribuir verbas (R$ 130 mil, este ano, por vereador), via Executivo. Ele confidenciou a intenção a amigo, mas não disse se a proposta será apenas verbal por se tratar de um “acordo de cavalheiros” entre o Legislativo e o Executivo. Grande parcela das entidades beneficiadas com recursos dessas emendas não pode recebê-los por estar com documentação irregular.

Aids

Tida na sua origem como doença de homossexual, a Aids avançou sobre os heterossexuais, em Uberaba. Dos 1,9 mil casos registrados no Município, 1.007 referem-se a heterossexuais, 172 a homossexuais e 112 a bissexuais (somente no ano passado, foram 64 heterossexuais e 7 homossexuais). Os contaminados que se confessaram usuários de drogas somaram 323 até dezembro de 2010. E ao longo de quase três décadas, a Aids fez 445 vítimas fatais em Uberaba (mas, não exclusivamente de uberabenses, pois a cidade recebe pacientes de outras).

Dependência química

Abertos ontem o I Encontro da Sobriedade e a II Semana da Comunidade Nova Jerusalém, com palestras das psicólogas Adriana Nunes dos Santos e Maria Luiza Sagatto e da assistente social Dilvânia Aparecida, especialistas em dependência química. Nesta terça-feira, o sociólogo Ailton de Souza Aragão abordará “as dependências químicas e seus impactos na saúde e na sociedade”, a partir das 19h15, seguindo-se mesa-redonda sobre “realidade e perspectivas” com a participação deste colunista, da psicóloga Cibele Chapadeiro, assistente social Cátia Silva, padre Otair Cardoso e da secretária de Desenvolvimento Social, Tetê.

Uma e outras

Morador do Jardim Induberaba pede atenção das polícias para os assaltantes que moram no bairro e participam diretamente ou colaboram com assaltos a residências naquele setor.// Confiança mesmo quem transmite é a Printlog (3319.4242). Basta discar e ela manda buscar e entregar gratuitamente o seu cartucho a jato de tinta ou toner a ser reciclado.// Encontro da Sobriedade da Comunidade Nova Jerusalém acontece na rua Campos Sales, 545.

Quando você acha que sabe todas as respostas,

vem a vida e muda todas as perguntas”.

(Bob Marley)