Foto/Jairo Chagas
Dez homens foram presos no mesmo dia do crime, em 27 de junho de 2019, após se entregarem
Pra história
A maior pena coletiva aplicada a grupo criminoso na história de Uberaba saiu do computador do juiz Marcelo Geraldo Lemos, cooperador na 1ª Vara Criminal.
Milenar
A sentença aplica mais de 1 mil e 500 anos de prisão a dez assaltantes do Banco do Brasil, presos em flagrante pela PM em 27 de junho de 2019.
Mais de cem
Todos eles pegaram mais de 100 anos de prisão. As penas individuais variam de 140 anos e 25 dias a 152 anos.
O roubo
Em comboio, eles – e comparsas não identificados e em número indefinido, mas estimado em outros 15 – invadiram Uberaba na madrugada para assaltar o BB.
Êxito
Parte do banco logrou êxito, fugindo com soma estimada em até R$ 25 milhões (os bancos não fornecem números exatos nem para a Justiça).
Absolvição
A defesa dos acusados pediu a absolvição de todos, argumentando a insuficiência de provas de que participassem do assalto, apesar de prisão em flagrante após perseguição policial.
Apreensão
E com eles foram apreendidos fuzis 7.62 e 556, metralhadora ponto 50, pistolas 9mm e ponto 40, coletes a prova de bala e farta munição.
Contratação
Nos interrogatórios, os investigados negaram ter participado do assalto em Uberaba, afirmando que foram contratados para roubo em Uberlândia.
Desmentidos
Os veículos que usaram na tentativa de fuga e abandonaram na BR-262 foram filmados por câmeras do Olho Vivo por ocasião da invasão à cidade, o que também desmascara a versão.
Provas
Material genético de alguns chegou a ser recolhido nos veículos por peritos criminais.
Na rua
Apesar de tudo isso, a defesa chegou até mesmo a postular a revogação da prisão preventiva dos agora condenados, do que discordou o magistrado.
Os crimes
Entre os crimes que levaram à condenação do bando estão latrocínio (uma mulher morreu baleada durante o assalto), roubo e organização criminosa armada.
Passagens
As investigações conduzidas pela PC constataram que os criminosos também tinham passagens pela polícia paulista por roubos e outros crimes.
Explosões
Também consta dos autos que a quadrilha chegou a detonar explosivos diante de prédios da polícia e bancários, em Uberlândia, ao mesmo tempo em que agia aqui.
Estratégia
O objetivo foi ocupar a PM uberlandense de forma a evitar eventual envio de reforço a Uberaba.
Sentença
A sentença fundamentada do juiz Marcelo Geraldo Lemos tem setecentas e cinquenta páginas, individualizando as penas de cada um dos dez investigados.
Os condenados
Foram condenados Marcelo Klinke Severo, Nilson Roberto Augusto, Renato de Almeida Campello, Eldo Aparecido Correia, Anderson Felix do Rosário, André Ribeiro Marinho.
E ainda...
Vitor César do Rosário, Diego Macedo Gonçalves do Carmo, Leandro Barros da Silva e Jefferson Aparecido Silva Neves.
Perda de bens
Bens dos condenados até o valor de R$ 50 milhões foram sequestrados na decisão condenatória.
Recurso
Da sentença ainda cabe recurso ao Tribunal de Justiça, mas todos devem permanecer presos.
Observador
Em julho, o juiz Marcelo Lemos já havia condenado Darci Aparecido Figueira Camargo, igualmente acusado de integrar a quadrilha, a 114 anos de prisão.
O papel
Darci, segundo as investigações, teria se instalado em apartamento diante do BB, dias antes do assalto, para observar a movimentação na agência.
Bico calado
Nos interrogatórios a que foram submetidos, os onze condenados não deram qualquer pista dos companheiros que conseguiram fugir com o dinheiro do assalto.
Sem sigilo
Na denúncia formalizada contra proprietários de postos de gasolina, o Ministério Público pediu ao juiz Fabiano Veronez que não seja decreto sigilo para o processo.
Sem impedimento
Tribunal de Justiça acolhe tese do advogado Luís Novaes, da Associação de Praças da PM e do CB: processo criminal em tramitação não pode impedir promoção.
Inocência
Deve prevalecer o princípio da inocência, o que beneficia concluintes de curso de formação de sargentos com promoção antes brecada administrativamente.
“Calouro”
O “tira” e presidente da Câmara Ismar Marão é o mais novo associado da ASPRA, que também promove a integração entre policiais.
Recall
A General Motors pode ser obrigada a fazer recall de todos os Onix, vendidos a partir de 2012, em razão de falha de segurança no veículo.
Processo
Ação foi proposta em Uberlândia pelo MPF e o MPE.