CONEXÃO URBANA

Adriano Espíndola cobra prisão de Bolsonaro e confisco de bens

François Ramos e Leilane Vieto
François Ramos & Leilane Vieto
Publicado em 30/06/2025 às 10:45
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População de rua
O diagnóstico sobre a população em situação de rua em Uberaba revela um retrato previsível da exclusão: 94% são homens (predomínio de pardos e pretos), baixa escolaridade (57% só têm ensino fundamental) e vulnerabilidade econômica estrutural. A ligeira redução (286 para 270 em 3 anos) não celebra efetividade política, mas expõe a estagnação diante de causas profundas: 97,4% citam dependência química ou conflitos familiares como gatilho. Os dados evidenciam o fracasso de redes de proteção social em frear o fluxo para as ruas, especialmente entre jovens adultos (94% entre 18-59 anos).

Dependência Química como Epicentro da Crise
A pesquisa realizada pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social escancara a crise de saúde pública subjacente: 263 pessoas vinculam sua situação de rua ao abuso de álcool/drogas, com 112 combinando múltiplas substâncias. Apesar disso, o acesso a serviços especializados é desproporcional: enquanto 237 usam abrigos, apenas 162 frequentam o CAPS AD (referência em redução de danos). A contradição revela políticas fragmentadas – acolhimento sem tratamento especializado perpetua o ciclo. A menção a 48 pessoas que usam "todas as substâncias" exige respostas intersetoriais urgentes.

(Imagem ilustrativa/Leilane Vieto)

Entre a Institucionalização e a Reinserção Frágil
Embora 83% acessem serviços como o Centro POP, os vínculos familiares permanecem frágeis: 63 declararam laços rompidos e 40 quase não têm contato. O dado desmente narrativas simplistas sobre "abandono voluntário" e expõe limites das políticas atuais: foco em assistência imediata, não em reconstrução de redes afetivas. A falsa dicotomia entre "saúde boa" (212 declarações) e tempo médio nas ruas (45% há mais de 5 anos) sugere subnotificação de agravos – um alerta para a necessidade de avaliação clínica sistemática.

Estratégia Política na Paulista
Bolsonaro aproveitou o ato do último domingo (29/6) na Paulista (que oficialmente era um protesto contra o STF), para lançar as bases de sua estratégia eleitoral indireta para 2026. Ao pedir que aliados conquistem 50% das cadeiras no Congresso. O ex-presidente busca construir um poder legislativo paralelo capaz de desafiar o futuro Executivo. A menção a partidos do Centrão como possíveis aliados revela um pragmatismo que ignora alinhamentos ideológicos, focando em viabilizar uma governabilidade sob sua influência. A contradição é evidente: um líder inelegível, condenado por abuso de poder, tenta reconfigurar o jogo político de longe. 

Relativização do 8 de Janeiro e Narrativa de Perseguição
Ao minimizar os ataques de 8/1/2023 — classificando-os como um pseudo-golpe de "mães com pipas" —, Bolsonaro reforça sua narrativa de perseguição política perante a militância. A retórica busca deslegitimar o julgamento do STF sobre o caso, transformando-o em um símbolo de suposta opressão. Paralelamente, sua declaração sobre não querer ser "preso ou morto" alimenta o discurso de vitimização, enquanto a promessa de "mudar o destino do Brasil" via legislativo soa como um plano B para manter poder, diante de seus impedimentos judiciais. 

O Projeto de Poder Paralelo e os Limites da Democracia
A meta de controlar o Congresso (eleger presidente da Câmara, do Senado, comissões-chave, etc.) expõe um projeto claro: dominar o Legislativo para subjugar o Executivo, independentemente de quem governe. A frase "quem assumir a liderança vai mandar mais que o presidente" é um ataque frontal ao equilíbrio entre Poderes. Sob o manto de um discurso patriótico ("pelo futuro do meu Brasil"), Bolsonaro tenta reescrever as regras do jogo democrático — enquanto sua inelegibilidade até 2030 lembra que a Justiça ainda é um freio a ambições autoritárias.

Paulada vinda do PSTU
Em Uberaba, o advogado Adriano Espíndola, que foi candidato a prefeito nas últimas eleições pelo PSTU, disse que Bolsonaro e aqueles que apoiaram e financiaram a tentativa de golpe de Estado “recentemente em nosso país, já deveriam estar atrás das grades!” O líder socialista também defende que eles deveriam ter seus bens confiscados: “bandido tem que ser tratado assim”.

(Foto/Reprodução/Instagram)

Bandido bom é bandido morto?
Para Adriano Espíndola não: “porque nós defendemos direitos humanos”. Mas ver Bolsonaro pagar pelos crimes que cometeu é uma necessidades segundo ele. Para Adriano é um absurdo a lentidão e o “excesso de cautela” do STF para tratar desse assunto, e também a má vontade externada pela esquerda majoritária (Lula e companhia) em promover atos e organizar a população para cobrar que “realmente essa gente pague pelos seus crimes”. 

Protesto
A mobilização da vereadora Lu Fachinelli com moradores do Jardim Maracanã no final de semana escancarou o abismo entre demandas comunitárias e a inércia federativa. Enquanto o ato pressiona por passarelas e reforma do trevo das BRs 262/050 – questões vitais para segurança e acesso que há anos são objeto de reivindicação –, a solução depende de ANTT e concessionárias, entes distantes da realidade local. Promessas foram feitas, resta saber “se” e “quando” as melhorias virão.

Habitação com alma social em Uberaba
A Companhia Habitacional do Vale do Rio Grande (Cohagra) inicia, no dia 3 de julho, uma nova etapa do Projeto Técnico Social (PTS) nos bairros Isabel do Nascimento e Parque dos Girassóis III e IV, em Uberaba. A ação marca um avanço na política habitacional da cidade, indo além da entrega de moradias para fortalecer vínculos comunitários e promover o desenvolvimento social. Com plantões sociais, oficinas e escuta ativa, a Cohagra aposta numa atuação que transforma casas em lares e conjuntos habitacionais em comunidades vivas e solidárias.

Política pública que gera pertencimento
Integrando o Minha Casa Minha Vida, o PTS da Cohagra envolve mais de 1.400 famílias e reforça uma visão humanizada da moradia popular. A proposta inclui cursos, ações culturais e esportivas, rodas de conversa e atuação de um Grupo Gestor Local, formado por lideranças dos próprios bairros. Ao valorizar equipamentos públicos como o Cras Viviane Ribeiro Fontes e o Cemei Dirce Miziara, o projeto não apenas ocupa os territórios – ele os revitaliza. Uma política que entende que morar com dignidade é também participar, conviver e pertencer.

Prouni abre portas para o ensino superior
Começam nesta segunda-feira (30) e seguem até 4 de julho as inscrições para o processo seletivo do Programa Universidade para Todos (Prouni), que oferece bolsas integrais e parciais em instituições privadas de ensino superior. Os interessados devem se inscrever gratuitamente pelo Portal Único de Acesso ao Ensino Superior. Criado em 2004, o programa é uma das mais importantes políticas públicas de inclusão universitária no Brasil, com foco em estudantes de baixa renda.

Inclusão pela educação: confira os critérios do Prouni
Para concorrer às bolsas do segundo semestre, o candidato deve ter concluído o ensino médio, participado do Enem em 2023 ou 2024 com média mínima de 450 pontos e nota diferente de zero na redação. As bolsas integrais são destinadas a quem tem renda familiar de até 1,5 salário mínimo (R$ 2.277), enquanto as parciais contemplam famílias com renda de até 3 salários mínimos (R$ 4.554). O Prouni segue como ponte entre o mérito e a oportunidade, transformando vidas por meio da educação.

(Imagem ilustrativa/Leilane Vieto)

Artur Machado rumo revitalização
A Prefeitura de Uberaba inicia nesta quinta-feira (3) o escaneamento subterrâneo da Rua Artur Machado, passo inicial para sua aguardada revitalização. Dividido em cinco etapas noturnas até o dia 7, o trabalho será feito com georadar, mapeando redes subterrâneas sem necessidade de escavação. A iniciativa integra o programa Desenvolve Uberaba e visa garantir segurança técnica e agilidade à obra, que promete transformar uma das principais vias comerciais da cidade.

Desenvolve Uberaba: investimento em mobilidade e sustentabilidade
Com investimento de R$ 48 mil na fase de escaneamento, a requalificação da Artur Machado será custeada com recursos do Fundo Municipal de Desenvolvimento Urbano e inclui novo mobiliário urbano, calçadas, iluminação e arborização. A obra dialoga com o pacote do Desenvolve Uberaba, que prevê ainda segurança hídrica, novas estações de tratamento e reforma de parques. Com apoio do CAF e um contrato de US$ 72 milhões, a cidade se posiciona para um ciclo de desenvolvimento urbano sustentável.

Frase
“Os dias passam lentos, as horas machucam como espinhos, mas eu tenho força e confio na chegada da justiça.” (Autor desconhecido)

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