ALTERNATIVA

Postura firme do vereador

Mesmo sendo integrante da base aliada do governo, Tony Carlos foi firme na última sessão

Lídia Prata
Publicado em 29/07/2009 às 09:24Atualizado em 17/12/2022 às 05:14
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Por Gê Alves [email protected]   Há coisas que realmente são incríveis. A convocação da extraordinária na Câmara, por exemplo, realizada na segunda-feira, foi uma destas coisas que a gente até procura, mas não acha explicação. Ora, se convoca uma extraordinária porque existem assuntos urgentes a serem apreciados, matérias que não podem esperar uma semana para ser votadas. Mas daí se monta uma pauta com quatro projetos, sendo que dois, teoricamente os de maior peso, por pura lambança, acabam retirados. Então, cadê a urgência? Forçosamente, não terão que aguardar as sessões de agosto? Não seria melhor poupar a exposição de erros, com maior tempo para elaboração dos mesmos? Refiro-me ao projeto que transfere o Cesube para a Aciu, que acabou retirado porque primeiro tem ser votada emenda à Lei Orgânica. Outro é a permuta da área para a construção do Mart Minas, também não votada por falta da Certidão Negativa de Débitos (CND).   Posturas. Fico me perguntando como se envia um projeto deste sem o documento essencial. De tudo isto vale ser ressaltada a postura firme do vereador Tony Carlos, que, embora integrante da base aliada ao Governo, na condição de presidente da Comissão de Justiça, Legislação e Redação, fez valer o preceito legal, não se deixando levar, naquele momento, por opção partidária/grupo político. De outro lado, Cléber Ramos, o “Cabeludo”, mais uma vez, se mostra adepto ao “jeitinho”, tentando convencer os pares, principalmente Tony, que aprovassem a proposta confiando que depois a CND seria juntada. Nem seria esta a questão, até porque o pleiteante é pessoa séria, empresário conhecido e líder classista respeitado e certamente enviaria a certidão posteriormente. Mas vamos combinar que não dá para driblar a lei e que ela vale para todo mundo. Detalhe: a Casa lá é legislativa!   Desdobramento. Diante da situação, o vereador Itamar Ribeiro mandou recado à Prefeitura no sentido de que o governo seja mais cuidadoso na elaboração de projetos e oriente melhor os empreendedores. Esta não é a primeira reclamação do plenário no que se refere aos projetos enviados pela Administração. Há pouco, Marcelo Machado Borges, o “Borjão”, reclamou publicamente da pressa do governo em aprovar alguns temas e o encaminhamento deles muito próximo à data da reunião, fazendo com que votações ocorram a toque de caixa.   Minas Fácil. O “Minas Fácil”, programa do Estado para facilitar a vida do empreendedor, vai ser lançado em agosto em parceria com a Prefeitura, possivelmente dia 10, em Uberaba, com a presença do secretário de Desenvolvimento Econômico de Minas, Sérgio Barroso. Falando no Minas Fácil, o secretário de Planejamento, Karim Abud, não vive mesmo uma boa fase. Além do episódio envolvendo denúncia de assédio moral por parte de servidor, ele também foi no mínimo inábil ao anunciar a chegada do programa em Uberaba. Isto se deu semana passada, em reunião do G-9, grupo que reúne representantes da sociedade civil organizada, onde Karim estava como presidente da Associação Comercial (Aciu). João Franco, titular da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, questionado sobre isto, disse que “no mínimo faltaram atenção e cuidado” do colega, por se tratar “de uma iniciativa de governo e não de foro pessoal”.   Solução.  Por meio da assessoria de imprensa, os Correios respondem nota da edição de ontem e tranquilizam os moradores das imediações da praça Henrique Krugger. Sobre o disparo, na madrugada de domingo, do alarme na sede recém-inaugurada, afirma ter sido acidental. A empresa informa que medidas corretivas já foram adotadas no sentido de melhorar o sistema de monitoramento e diz lamentar os transtornos causados aos moradores das imediações.   Verdade. LeitorWesley Carvalho concorda com a colunistade que ao sinal de alteração na saúde, deve-se procurar atendimento médico. Mas, descrente, como a maioria dos cidadãos, observa que isto só vale para quem tem acesso a atendimento particular ou plano de saúde. Em sua opinião, para a maioria que depende do SUS, “o atendimento só acontece depois que o indivíduo está morrendo e olhe lá”. Agora sou em quem concorda com o leitor: tem gente morrendo por falta de leito, pobres tendo que recorrer à Justiça para garantir medicamento para doença crônica, mas (e até ia colocar isto ontem) penso que os usuários do sistema público têm que exigir atendimento e de qualidade, nem que seja na Justiça. Quando os cidadãos descobrirem que direito não é favor e tiverem coragem de exigir e de não aceitar abusos, quando a população verdadeiramente se mobilizar, mas mobilizar sem paixões políticas partidárias, sem se deixar ser usado por políticos quaisquer em manobras que lhes interessam, a coisa tem que melhorar. Pode ser idealismo meu, mas sonho com movimentos verdadeiramente de bases, da sociedade, o que, convenhamos é difícil, diante da correria do mundo moderno, do sentimento coletivo de frustração, do egoísmo humano do tipo “cada um por si e Deus por todos” e do tanto de gente querendo tirar proveito de tudo, inclusive da desgraça alheia. Quem sabe um dia...   Jubileu. Arcebispo emérito, dom Benedito de Ulhôa Vieira celebrou no domingo, na Medalha Milagrosa, a missa comemorativa aos 60 anos da Fundação do Mosteiro Imaculada Conceição. Uma mensagem foi enviada pelo vice-presidente da República, José Alencar Gomes da Silva. O governo de Uberaba foi representado pelo vice, católico praticante, Paulo Mesquita, enquanto Antônio Lerin e José Severino fizeram as vezes do Legislativo Municipal.

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