(Foto/Divulgação)
Polícia Civil concluiu o inquérito instaurado a partir de denúncia de suposto estupro praticado nas dependências da Prefeitura por servidor comissionado. O estupro não ficou provado, uma vez que pelo tempo transcorrido os exames restaram prejudicados. O laudo no local onde teria ocorrido somou-se à ausência de testemunhas, segundo explicações do Delegado Chefe do 5º Departamento de Polícia Civil, Felipe Colombari.
ENCRENCADO
Embora o estupro não tenha sido provado, a conclusão da Polícia Civil deixa o servidor comissionado bastante encrencado. No curso das investigações foram ouvidas 16 pessoas, juntados relatórios médico e social, elaborado exame de corpo de delito e, no final, identificadas 6 possíveis vítimas, levando o servidor a ser indiciado pelos crimes de importunação sexual. O inquérito já foi encaminhado ao Ministério Público, onde o “Dom Juan” responderá criminalmente por seus atos. Vale destacar que crimes sexuais têm penas pesadíssimas, sobretudo considerando que no caso foram identificadas seis vítimas. A pena prevista é de um a cinco anos de reclusão para cada vítima. Tem mais agravante, que pode aumentar a pena: uma delas teria sofrido a “importunação sexual” por 15 vezes, pelo menos.
NA RUA
O “Don Juan”, que estava lotado na Secretaria de Desenvolvimento Econômico, já responde a Processo Administrativo Disciplinar no âmbito da Prefeitura. A Controller Junia Camargo espera concluir as apurações dentro do prazo de 90 dias conferidos pela lei. O PAD pode resultar em demissão, mas esse desfecho não é imediato, ainda que já esteja concluído o inquérito policial com indiciamento criminal do servidor. Mas, cá pra nós: com SEIS vítimas identificadas pela Polícia Civil, não se pode esperar que no âmbito administrativo o cidadão seja meramente advertido ou considerado inocente. Seria uma desmoralização para o governo municipal, uma vez que o crime pelo qual foi indiciado é gravíssimo!
AGORA VAI
Primeiro passo do programa Desenvolve Uberaba será dado no dia 3 de julho. Será o início do serviço de escaneamento da Rua Artur Machado que irá possibilitar as obras de revitalização da região central da cidade. Esse escaneamento de redes subterrâneas com GPR (Ground Penetrating Radar), é um método usado para mapear e localizar objetos e estruturas enterradas no subsolo, através do uso de ondas eletromagnéticas de alta frequência para gerar imagens da subsuperfície, permitindo, assim, a identificação de tubulações, cabos, dutos, tanques e outros elementos enterrados. Esse sistema é muito utilizado para mapear redes de água, gás, esgoto, eletricidade e telecomunicações, especialmente aquelas muito antigas e que não têm registro específico contemporâneo à sua implantação. Este é o caso da Artur Machado. A partir desse rastreamento será possível evitar conflito entre as redes já existentes e aquelas que serão executadas na obra de revitalização.
FALTA POUCO
Projeto que estabelece o Plano de Mobilidade Urbana de Uberaba deve ser encaminhado à Câmara em julho, para tramitação logo após o recesso parlamentar. Informação é de Ricardo Mendanha, da PlanMob, consórcio que presta assessoria técnica à Prefeitura para elaboração do plano. Em entrevista à Rádio JM nesta terça-feira, ele adiantou alguns detalhes do trabalho que tem custo total estimado em R$ 2 bilhões, dos quais R$ 500 milhões deverão sair dos cofres do município ao longo de 10 anos.
SOLUÇÕES
Depois de levantar exaustivamente os problemas da mobilidade urbana em Uberaba, as soluções sugeridas pelo PlanMob incluem a implantação de um anel rodoviário para desviar o tráfego de caminhões pesados da área urbana, assim como a instalação de semáforos na rotatória da Exposição, implantação de lombadas eletrônicas em avenidas de grande movimentação de veículos, e criação de uma secretaria específica para cuidar da mobilidade.
PADRONIZAÇÃO
No levantamento feito para subsidiar o Plano de Mobilidade, Ricardo Mendanha revelou que Uberaba tem um perfil de trânsito muito específico. Por exemplo: 50% das pessoas usam transporte individual, incluindo aí os automóveis e motos. Outros 22% usam transporte coletivo, dos quais 16% preferem ônibus e 6% aplicativos. Aqueles que usam a bicicleta para seus deslocamentos somam cerca de 4% do total, enquanto 23% são pedestres. Resultado: a consultoria sugere melhorar a qualidade do transporte coletivo e garantir tarifa acessível. Paralelamente, defende que as calçadas da cidade sejam melhor cuidadas, eliminando desníveis e outros entraves à mobilidade. Nos bairros novos essa medida deve vir estipulada nas diretrizes básicas, enquanto nos bairros já existentes a Prefeitura deve estabelecer normas para padronizar as calçadas. Claro que ninguém será obrigado a quebrar a calçada que tem para fazer tudo de novo. Mas, quando for reformar a casa ou fazer algum outro melhoramento que necessite de aprovação da Prefeitura, o alvará será condicionado à adequação do passeio.
CENTRAL DE CONTROLE
O Plano de Mobilidade também deverá sugerir que seja estabelecidos critérios para a construção de novos obstáculos nas ruas da cidade, evitando essa proliferação assustadora de “quebra-molas” por tudo quanto é canto. Por outro lado, Mendanha destacou a necessidade de implantação de uma central de controle de semáforos com uso de tecnologia.
BOLSÕES
Especialista em trânsito, Mendanha se posicionou radicalmente contra a implantação de bolsões de estacionamento ao longo da avenida Leopoldino de Oliveira, sacrificando o espaço dedicado ao BRT. Para ele, a prioridade deve ser dada sempre ao pedestre e ao transporte coletivo. Ele também defende que as calçadas na área central sejam alargadas para facilitar a mobilidade de pedestres, mas não concorda com a ideia de estender o Calçadão ao longo de outros quarteirões da rua Artur Machado. Enfim, na reta final, o Plano de Mobilidade Urbana já tem parâmetros bem delineados. Caberá aos vereadores analisar o projeto que será enviado à Câmara e votar as medidas que julgarem mais adequadas.
NOVO PASSO
Termina no dia 2 de julho o prazo para a concessionária Ecovias apresentar as readequações pedidas pela ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) no projeto de construção da passagem inferior do viaduto do Cascata, na BTR 050. Essa informação foi passada pelos diretores da agência à comitiva uberabense integrada pelos secretários Pedro Arduini, Beethoven Oliveira e Caio Presotto, e pelo vereador Túlio Micheli, durante audiência realizada na tarde desta terça-feira, em Brasília. Segundo o vereador, já está acertado que a ANTT providenciará as medidas de reequilíbrio cautelar do contrato para viabilizar a obra o quanto antes. Na verdade, o projeto da passagem inferior já está aprovado, mas com ressalvas que não impedem o início das obras. O que realmente estaria travando é o custo, não previsto no contrato de concessão.
AUDIÊNCIA PÚBLICA
No dia 3, próxima quinta-feira, os representantes de Uberaba vão retornar a Brasília para novos ajustes de expectativas, desta vez incluindo também a adequação do trevo do Maracanã. Isso porque os diretores da ANTT alegaram desconhecer o projeto, assim como o custo da obra e prazo para execução do serviço, que a Ecovias informou a lideranças uberabenses em reunião anterior, realizada em Uberlândia. Os diretores Marcelo Alcides, Francisco Leôncio e Luciano Assis adiantaram que vão pedir esclarecimentos à concessionária, e tentar acelerar as providências para a readequação do trevo. Outro avanço: o pessoal da ANTT vai passar as datas possíveis para vinda a Uberaba, visando a participação em audiência pública para tratar especificamente do trevo do Maracanã.
